O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manifestou o interesse da Guiné-Bissau ajudar na mediação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, justificando que o país conta com a experiência das confusões cíclicas vividas.
Umaro Sissoco Embaló falava esta terça-feira, 01 de março de 2022, na cerimônia de posse do novo Chefe de Estado-Maior da Armada, Hélder Nhanque e do novo Vice-Chefe de Estado-Maior do Exército, Baute Yamta Na Mam, nas presenças do Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, do ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé, do Ministro da Defesa e Combatentes da Liberdade da Pátria, Sandji Fati, e chefias militares, realizada no Palácio Presidencial, em Bissau.
O Chefe de Estado explicou na sua intervenção que as promoções e nomeações a nível das altas chefias do exército, da Marinha e da Guarda Nacional, constituem a resposta institucional que deve ser feita.
O Chefe de Estado disse que a gravidade do que aconteceu no dia 01 de fevereiro representa claramente uma série de desafios que devem ser enfrentados e vencidos, porque é um desafio lançado pelos “golpistas” ao conjunto das instituições da defesa e segurança e pela sua gravidade exige uma resposta institucional. Umaro Sissoco Embaló garantiu que as modernizações das forças da defesa e segurança constituem uma das prioridades durante o seu mandato.
“Pretendemos com essas nomeações uma coisa melhor para que estas três instituições possam cumprir cabalmente, através de um profissionalismo, eficiência e as suas obrigações tais como foram definidas pela nossa Constituição: a defesa da soberania e a integridade do território nacional, a obediência aos órgãos da soberania competentes nos termos da Constituição. A garantia e manutenção da segurança interna e da ordem pública a defesa da legalidade democrática, também temos que considerar as nomeações que agora fiz, como uma parte do processo de modernização do conjunto das nossas forças de defesa e segurança”, sublinhou.
Questionado sobre a reação da Guiné-Bissau face à situação entre a Rússia e Ucrânia, Embaló lamentou perdas humanas e disse que a Guiné-Bissau é um país que sabe qual é consequência da guerra, porque passou pela luta da independência, guerra civil e outras situações muito complicadas, adiantando que falou com vários presidentes europeus sobre essa situação. Sissoco Embaló disse que falou também com o presidente em exercício da União Africana (UA) e o da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para concertaram posições e que a Guiné-Bissau assumiu a posição da União Africana.
Sobre uma alegada participação do Presidente Senegalês na reunião da defesa nacional, Embaló disse que, quando outro presidente participa numa reunião como essa, deixa de ser chamada defesa nacional, afirmando que isso não corresponde à verdade.
“Desde a tentativa falhada do golpe de 01 de fevereiro, temos ouvido pessoas que estão a falar todos os dias, através das conferências de imprensa, mas posso garantir-vos que qualquer cidadão envolvido naquela tentativa de golpe de estado, vai ser procurado, julgado e condenado”, disse.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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