Bissau, 10 dez 2021 (Lusa) – O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, confirmou hoje no parlamento que dois peritos internacionais, presentes no país no âmbito de uma peritagem a um avião que aterrou ilegalmente em território guineense, foram detidos, mas depois libertados.
“Ontem [quinta-feira] quando estava aqui mandei o meu ajudante de campo acompanhar os peritos americanos que vieram inspecionar o avião, qual não foi meu espanto quando fui informado que foram retirados dentro do avião da TAP pela PJ [Polícia Judiciária] e Guarda Nacional. Isto pode criar-nos um incidente diplomático com os Estados Unidos de América”, afirmou o primeiro-ministro.
Nuno Gomes Nabiam avisou que se está a falar de agentes ligados à CIA e outras agências norte-americanas.
“Temos que ter responsabilidades quando estamos a tratar de certos assuntos”, disse.
O primeiro-ministro explicou que os dois peritos foram ouvidos pelo Ministério Público e foram postos em liberdade.
Segundo fonte governamental, a equipa para inspecionar o Airbus A340 retido desde 29 de outubro, por suspeita sobre a natureza da carga que transporta a bordo, será constituída por técnicos das Nações Unidas, União Africana, agência federal de fiscalização da droga dos Estados Unidos (DEA) e por peritos da fabricante de aviões Airbus.
Também na sua intervenção de hoje, Gomes Nabiam tinha afirmado que o avião não tem droga, nem armas, nem explosivos, segundo informações preliminares dos peritos internacionais.
O avião aterrou em Bissau a 29 de outubro a pedido do gabinete do chefe de Estado do país, Umaro Sissoco Embaló. Nuno Gomes Nabiam decidiu impedir o avião de sair do país e anunciou uma investigação externa ao avião, pedindo apoio da comunidade internacional.
Conosaba/Lusa
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