O Vice-secretário Geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), Yasser Turé, revelou que primeiro-ministro afirmou que a situação financeira do país está “muito complicada” em relação há seis meses.
Yasser Turé falava ao O Democrata, esta quarta-feira, 24 de novembro de 2021, à saída do encontro com chefe do executivo por solicitação de Nuno Gomes Nabian para relançar as negociações entre o governo e os sindicatos e tentar desbloquear o que tem sido ponto de estrangulamento nas negociações entre o governo e os parceiros sociais.
O Vice-secretário Geral da UNTG transmitiu aos jornalistas que o primeiro-ministro terá pedido aos membros da UNTG para serem patriotas e flexíveis na resolução da greve em curso na função pública, porque a “atual situação financeira do país está complicada em relação há seis meses quando as partes iniciaram as negociações”.
Yasser Turé frisou que Nuno Gomes Nabian reconheceu que a situação que o país está a enfrentar é da responsabilidade do governo, que não conseguiu cumprir os compromissos assumidos com os sindicatos.
O sindicalista informou que mostraram ao chefe do governo que estão disponíveis para serem flexíveis, mas “é difícil pedir a quem está a sofrer para ser flexível”.
Para Yasser Turé, deve haver primeiro um gesto do executivo no sentido de restabelecer confiança com os sindicatos para depois calendarizar os restantes pontos do caderno reivindicativo
“Fomos muito claros nesse encontro com o primeiro-ministro e dissemos-lhe que ficamos muito pendurados no último acordo assinado com o executivo, no qual o governo comprometeu-se cumprir alguns pontos, nomeadamente, o pagamento de carga horária, a aprovação da carreira de técnicos de saúde, a resolução da situação da folha A4 e indemnização dos trabalhadores das empresas públicas privatizadas, entre outros pontos.
“O Chefe do governo garantiu-nos que essa situação será resolvida em breve. É verdade que de junho a esta parte houve vários acontecimentos que devem ser tidos em consideração”, sublinhou.
Yasser Turé assegurou que se esses pontos prioritários não forem atendidos, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné continuará firme em decretar sucessivas greves na função pública guineense.
Turé disse acreditar que, tendo em conta a situação que o país está a enfrentar, os pontos em reivindicação não serão atendidos ainda este ano.
“Portanto, o executivo deve incluir essa reivindicação no próximo Orçamento Geral do Estado”, concluiu Yasser Turé.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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