O ministro do Interior da Guiné-Bissau, Botche Candé, anunciou a criação do seu partido político para concorrer às eleições e ajudar a desenvolver o país, mas avisou os apoiantes que é contra a divisão étnica entre os guineenses.
Botche Candé, atualmente com 66 anos, ministro do Interior em vários governos da Guiné-Bissau, é deputado eleito nas listas do Partido da Renovação Social (PRS), após abandonar o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Num encontro, na terça-feira, em Bissau, com os elementos do Movimento Botche Candé, afirmou que decidiu criar o seu próprio partido "após vários anos a acompanhar outros políticos".
"Só o Presidente Luís Cabral é que não acompanhei, porque na altura era criança. Todos os Presidentes da Guiné-Bissau foram acompanhados por Botche Candé", disse o político, anunciando estar a receber pedidos de adesão ao novo partido de várias personalidades guineenses.
Disse que assim que formalizar a criação do partido no Supremo Tribunal de Justiça irá anunciar os nomes e ainda o pedido de adesão de "pelo menos" cinco outras formações políticas que pretendem juntar-se ao seu partido.
No seu discurso, Candé avisou que será intransigente com qualquer apoiante que pensar que o seu partido será de uma etnia da Guiné-Bissau.
O político guineense adiantou que até ao final desta semana será conhecido o nome do partido cujo congresso será realizado em meados de dezembro para se preparar para as próximas eleições legislativas.
A Guiné-Bissau tem atualmente legalizados mais de 50 partidos, numa população de 1,8 milhões de habitantes.
Conosaba/Lusa
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