domingo, 18 de julho de 2021

No Estado-maior: PRESIDENTE DA RDC PROMETE APOIO PARA O LEVANTAMENTO DAS SANÇÕES IMPOSTAS PELA ONU AOS MILITARES GUINEENSES

O Presidente da República Democrática do Congo (RDC) igualmente Presidente em exercício da União Africana (UA), Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo, prometeu que vai trabalhar juntamente com as autoridades guineenses para conseguir o levantamento das sanções impostas pelas Nações Unidas aos oficiais generais guineenses implicados no golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.

O Chefe de Estado da RDC fez esta promessa em declarações aos jornalistas no domingo, 18 de julho de 2021, depois de depositar coroas de flores nos túmulos do fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, Amílcar Cabral e do lendário General-Presidente, João Bernardo “Nino” Vieira, para rendê-los homenagem, no âmbito da sua visita oficial de 24 horas à Bissau.

“Eu vou trabalhar com as autoridades para que essas sanções possam ser levantadas, porque hoje a Guiné-Bissau virou a página do passado e vive uma democracia. Há um Presidente eleito democraticamente e que luta para melhorar o quotidiano dos seus compatriotas, portanto isso deve ser encorajado com o levantamento dessas sanções”, assegurou o presidente em exercício da União Africana.

“Não se pode aplicar sanções contra alguém que ama o seu povo e que luta para o seu bem-estar. Farei tudo que for necessário para o levantamento dessas sanções”.

Questionado se a sua vinda à Bissau visa aproximar ou mediar o Presidente Embaló e o Presidente Alpha Condé da Guiné-Conacri, tendo em conta que também esteve ontem em Conacri e foi recebido pelo Presidente Condé, Antoine respondeu que não sabia se os dois chefes de Estado tinham problemas. Sublinhou que os dois estadistas têm relações de irmandade “são irmãos : o mais velho e o mais novo”.

“Penso que não é necessário aproximar as partes, porque a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri são dois países irmãos e povos irmãos. Para mim, é isso que é o essencial, o resto são detalhes”.
Recorde-se que em Maio de 2012, na sequência de um golpe de Estado, o Conselho de Segurança da ONU aplicou sanções aos oficiais militares responsáveis pela alteração da ordem constitucional, a saber: o General António Indjai, ex-chefe do Estado-maior General das Forças Armadas; o General Mamadu Turé, atual vice-chefe do Estado-maior General das Forças Armadas; o General Estevão Na Mena, Inspetor-geral das Forças Armadas; o General Ibraima Papa Camará, antigo chefe de Estado-maior da força aérea e o Brigadeiro-general Daba Na Walna, atual presidente do Tribunal Militar Superior.

Por: Assana Sambú
Foto: Cortesia Nô Pintcha
Conosaba/odemocratagb.

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