sexta-feira, 26 de março de 2021

Guiné-Bissau exportou menos 20,9% de castanha de caju em 2020, quase toda com destino à Índia


A Guiné-Bissau exportou em 2020 mais de 154 mil toneladas de castanha de caju, menos 20,9% do que em 2019, e quase toda com destino à Índia, refere um relatório da Agência Nacional de Caju (ANCA).

"De acordo com os dados harmonizados foram declarados entre junho 2020 e janeiro de 2021, um total de 153.550 toneladas de castanha bruta destinada à exportação, tendo sido efetivamente exportada um total de 154.748 toneladas", refere, num relatório sobre a campanha de exportação de caju do ano passado e divulgado na sua página na Internet, a ANCA.

O relatório indica também que toda a castanha de caju de 2020 "teve como principal destino a Índia" e que a campanha foi realizada por "40 empresas exportadoras residentes no país".

"Importa salientar que as exportações da campanha foram inferiores à do ano transato (2019) em cerca de 20,9%, representando um redução na ordem de 40.799 toneladas", refere o relatório, salientando que significou uma perda de 22,4 mil milhões de francos cfa (cerca de 34 milhões de euros).

A diminuição da quantidade de castanha de caju exportada foi diretamente afetada pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, nomeadamente devido ao impacto das medidas restritivas a nível nacional, mas também mundial.

Entre as medidas, o relatório salienta as restrições à circulação de pessoas e bens, a redução da produção e da colheita, a diminuição do preço, as falhas no cumprimento do calendário de entrega de mercadorias, a intensidade da chuva, a rutura no fornecimento de contentores no pico das exportações, o baixo fluxo de atracagem de navios porta contentores, a redução do número de estivadores devido ao maior controlo das medidas higiénico-sanitárias e a dificuldade na obtenção de contratos por parte dos operadores económicos residentes no país (descapitalização dos exportadores locais).

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, motor do crescimento económico do país, e da qual depende direta ou indiretamente 80% da população guineense.

Conosaba/Lusa

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