O presidente da Academia Nova Esperança para Ciclistas e Atletas da Guiné-Bissau (ACCA GB), Wilson Té, promete apostar no relançamento da modalidade de ciclismo em todo o território nacional, através da realização de maratonas internas, lamentando, porém as dificuldades, a atitude de difamação dos públicos e a falta de apoio do executivo.
“Eu tenho ambição de relançar a modalidade de ciclismo no país e é isso que estou a fazer neste momento, porque muitos jovens guineenses mostraram interesse em aderir à iniciativa, mas temem a difamação de algumas pessoas e a falta de engajamento do executivo”, referiu Wilson Té.
Mesmo com dificuldades, Té mostrou-se confiante na materialização de seus sonhos, com muita determinação e coragem, porque diz confiar em Deus para desenvolver a modalidade que disse ter entrado no esquecimento total.
A garantia foi dada pelo responsável máximo desta academia nacional, em entrevista concedida ao Jornal O Democrata esta terça-feira, 15 de dezembro de 2020, para falar das maratonas agendadas pela sua academia para este mês.
Segundo explicações de Té, a Academia Nova Esperança para Ciclistas e Atletas pretende com estas maratonas, a decorrer entre a capital Bissau e setor de Quinhamel, melhorar a performance dos novos atletas da modalidade, que recentemente aderiram ao projeto de ciclismo.
Embora seja responsável da academia, Wilson Té também compete na modalidade e tem participado nas diferentes competições a nível regional, nomeadamente: no Senegal e na Gâmbia e recentemente esteve no Thies, no Senegal, onde foi premiado com uma medalha de participação.
Durante a entrevista ao semanário privado sediado na capital Bissau, Té revelou que agendou realizar, antes da festa da páscoa do próximo ano, um grande torneio de ciclismo com sete etapas diferentes anível do território nacional.
Questionado se o executivo através da Secretaria de Estado dos Desportos tem conhecimento destas iniciativas, Wilson Té revelou que a academia já enviou uma correspondência a esta instituição, mas até ao momento não recebeu nenhuma resposta.
“Enviamos um documento, mas até ao momento não recebemos nenhuma resposta neste sentido, mas não vamos ficar de mãos cruzadas, continuaremos a organizar as nossas maratonas com apoios depessoas singulares”, sublinhou.
De recordar que Quedutar Cul Ialá, que nasceu na vila de Nhacra, onde muito cedo começou a pedalar pela vila para ajudar a sua pobre família que sobrevivia das atividades do campo, foi o primeiro guineense a protagonizar a histórica transferência no ciclismo, uma modalidade ainda em afirmação no país.
Em novembro de 2018, por dez mil (10.000) euros, assinou o primeiro contrato profissional na Europa, Espanha, anunciou na altura a Federação guineense de Ciclismo.
Antes de assinar o contrato profissional na Europa, pela Guerciotti-Kiwi Atlântico, equipa espanhola da Corunha, Quedutar Cul Ialá ficou na décima quarta posição, na 13ª edição do Campeonato Africano de Ciclismo Continental, que contou com a participação de 60 países e decorreu em Casablanca, nos Marrocos, em 2017.
Por: Alison Cabral
Conosaba/odemocratagb
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