O Presidente da Republica, Umaro Sissoco Embaló, confirmou não ter informado nenhum dos filhos biológico do falecido presidente “Nino Vieira” sobre a translação dos restos mortais para Fortaleza d'Amura.
Aos jornalistas, esta manhã, depois da audiência no Palácio da República com a esposa e mais nove filhos entre as quais a primogénita do antigo presidente Florença Vieira, o chefe de Estado justificou o facto por considerar o antigo presidente uma figura lendária e património do Estado.
“Há diferença de pedir a autorização e informar. A esposa informei, mas não falei com nenhum dos seus filhos biológico, porquê? Porque Nino é Nino, não é por acaso que lhe chamam de lendário, é o património do Estado da Guiné-Bissau”, diz acrescentando que “temos Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineenses e cabo-verdianos e também temos Nino Vieira. Nenhum dos filhos biológico de Vieira tem o direito de dizer meu pai Nino, portanto eles têm que lhe tratar do presidente Nino ou Comandante Nino”, explicou.
O encontro aconteceu um dia depois da cerimónia de translação dos restos mortais de Nino Vieira do cemitério municipal para o panteão nacional na fortaleza d'Amura, onde estão sepultados outros antigos presidentes e heróis da luta armada de libertação nacional. A iniciativa tem causado controvérsia, mais no entanto o presidente Sissoco desdramatizou o assunto.
“Pressão! Se há pressão não sei, se alguém está aqui com pau para fazer pressão” desdramatizou para depois afirmar que “não há filho biológico do Nino Vieira que não agradeceu ou reconheceu este gesto”, mas criticaram o gesto? “Não, vi nem ouvi nenhuma critica e você como guineense como sente a figura do Nino, (…)?”. Questionou o chefe do Estado aos jornalistas.
O assassinato do antigo presidente nunca foi resolvido e apesar de ter sido feita uma investigação pelo Ministério Público, o processo acabou por ser arquivado por falta de acusação em 2017. Entretanto, questionado sobre o assunto és e a reacção do chefe do Estado.
“Não respondeu a minha pergunta portanto, não vou responder a sua também. Quero voz dizer que há crime que não se prescreve, (…) e eu nem sei se o processo já foi arquivado e não sou também o delegado do Ministério Público e nem o Procurador-geral da República”.
O antigo presidente João Bernardo Vieira foi assassinado na sua residência em Bissau, em Março de 2009, um dia depois do assassínio do então chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie.
Entre a esposa, Isabel Romano Vieira e os nove filhos presentes na audiência, nenhum prestou declaração aos jornalistas na saída.
Por: Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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