sábado, 7 de novembro de 2020

PR da Guiné-Bissau diz que ainda não recebeu pedido de demissão de ministro da Economia

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse hoje que não recebeu qualquer pedido de demissão do ministro da Economia e que o que sabe é através da comunicação social.

“Não recebi nada e nem o primeiro-ministro me disse nada. Vocês têm de ter cuidado com as ‘fake news’. Até este momento, o primeiro-ministro não me enviou nada. Não sei se há algum pedido de demissão. Soube através da comunicação”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.

O Presidente guineense falava no aeroporto internacional Osvaldo Vieira momentos antes de viajar para a Mauritânia, onde vai realizar uma visita oficial.

O ministro da Economia guineense apresentou quinta-feira a sua demissão do cargo, depois de o chefe de Estado ter nomeado, sob proposta do primeiro-ministro, um vice-primeiro-ministro, que vai acumular a pasta da Presidência do Conselho de Ministros e a coordenação da área económica.

Questionado pelos jornalistas sobre o encerramento, em dezembro, do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e sobre a situação de segurança do antigo primeiro-ministro Aristides Gomes, que está refugiado na sede daquela missão há vários meses, Sissoco Embaló afirmou que “não é uma questão de segurança”.

O chefe de Estado disse que não saber se Aristides Gomes lá está porque “ninguém lá pode ir”, salientando que não sabe se o vão levar e que isso é um problema da UNIOGBIS.

A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau, Fernando Gomes, afirmou que há três processos contra o antigo primeiro-ministro e que já pediram à ONU para ser ouvido, mas os advogados de Aristides Gomes têm acusado o Ministério Público de “perseguição política”.

“Agora, uma coisa é verdade, o império da lei funciona na Guiné-Bissau e ninguém está acima da lei na Guiné-Bissau, nem o Presidente da República”, disse, salientando que agora no país há tolerância zero contra a corrupção.

“A desordem acabou na Guiné-Bissau. Os filhos da Guiné-Bissau têm de viver em paz”, disse.

Conosaba/Lusa

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