Por: yanick Aerton
Na qualidade de um dos jovens que muito cedo abraçou causa dos 15, que
viria a transformar-se no grande partido, o Movimento Para a Alternância
Democrática (MADEM G15), que, em menos de 8 meses da sua existência,
escreveu uma das mais brilhantes páginas da história politica da Guiné-Bissau,
desde a abertura politica no ano de 1992, com a abolição do art.º 4 da
Constituição da Republica da República, não posso ficar indiferente à evolução
politica no país, e sobretudo a situações internas, reais ou imaginárias,
susceptíveis de provocar algum mal-estar.
Não tenho dúvidas nenhumas de que o partido, MADEM G15, sta
san, i firma tchan suma pé di bissilon, porque tem uma liderança
esclarecida e comprometida com o povo, de cujos sacrossantos interesses jurou
defender, mesmo que seja a custa do sacrifício supremo.
Mas também não deixo de manifestar a minha preocupação por aquilo que
considero de “rumores” que os adversários do MADEM G15 procuram sempre
espalhar como NÔ NDIANTA! CONSELHO DO NOSSO HERÓI VIVO, COMANDANTE MANUEL
SATURNINO DA COSTA, 40/40 BULLS, o intuito de criar a desconfiança entre os
dirigentes, a apreensão entre os militantes e simpatizantes, por forma a
ensombrar as grandes conquistas que este partido vem alcançando.
Falando de nomeações, é bom que todos se consciencializem de que os cargos
não são cativos, e os que são chamados a ocupá-los não devem considerar-se
donos ou insubstituíveis.
A nomeação para o desempenho dos cargos no Governo é feita com base em
critérios variados, mas o que mais conta, além da formação académica que o
nomeado ou o sujeito deve ter, é a confiança política, ou confiança tout
court.
Em relação a equipa governamental, o Chefe do Executivo, se assim entender,
pode a qualquer momento fazer a avaliação dos membros do governo e após uma
profunda reflexão, propor ao Presidente da República, mudanças ou exonerações,
por uma questão estratégica. Isso e factível em toda a parte e a Guiné-Bissau
não deve ser uma exceção a essa elementaríssima regra.
E no nosso contexto em que, à luz da CR, o Presidente da República dispõe
de amplos poderes executivos, ele pode tomar, em concertação com o Chefe do
Executivo, as medidas cirúrgicas, ou globais (no caso de remodelações mais
profundas), sempre na procura de melhores resultados.
A esperança depositada pelo povo Guineense neste regime é tão grande que
não se vai tolerar nenhum erro. O Governo não pode de forma alguma defraudar as
expectativas.
Daí a razão porque todos os Guineenses devem estar mobilizados atrás
daquele que foi eleito, em sufrágio universal, direto e secreto, o jovem
General Umaro Sissoco Embaló, nos seus esforços que está a levar a cabo
para projectar outra imagem da Guiné-Bissau, junto da comunidade
internacional.
Temos que nos preparar para as medidas, algumas rigorosas, e outras até
radicais, no combate à corrupção, ao laisser faire laisser aller, a
diskarna de apropriar-se daquilo que a todos pertence para se enriquecer
ilicitamente e a tudo quanto tem impedido a descolagem deste país.
É no prosseguimento desse esforço que se fez esta operação cirúrgica, com a
nomeação de um quadro dirigente de referência, aquele que em Francês se poderia
adjectivar de “ irreprochable”, o Eng Tio Soares Sambu, para coadjuvar o Eng Nuno
Nabian, Primeiro-ministro.
Com o background deste eminente quadro dirigente, o Eng Nuno
Gomes Nabian, pode dormir tranquilamente, porque terá uma colaboração
sincera de alguém que conhece ISTO de côr e salteado, aquele que
conhece os “ins e outs”, como diria em Inglês, aquele que nunca se obcecou
pelo poder, caso contrário, teria tudo ao seu dispôr no seu PAIGC, partido de
que foi corrido.
Lanço um vibrante apelo a todos, para que cada um, na sua crença, continue
rezando para que reine a paz, a estabilidade e a concórdia, na pátria de
Cabral.
Que cada um esteja vigilante e participe no controlo do Governo, porque
afinal, nós, o povo é que somos os detentores do poder verdadeiro, através dos
nossos cartões de voto.
A melhor forma de pagar o nosso “kinhon” é de nos envolvermos, de
nos interessarmos e apoiar o Governo nas suas acções, elogiando o elogiável, e
criticando o criticável, de forma positiva, pá djunda oredja.
Mas que os membros do Governo, sobretudo os que estão no sector económico
pensem que o exercício do cargo tem meramente como finalidade sirbi bu cabeça
em vez di sirbi púbis. Kila caba dja,
Não se trata aqui de ameaça nenhuma, pois cada governante é responsável
pelo seu pelouro, mas tudo será monitorizado à lupa.
Somos todos Guineenses, por isso temos por obrigação de prestar a máxima
colaboração a este Governo, para no fim prestar-nos as contas.
Deus abençoe a Guiné-Bissau!
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