O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Augusto Mário da Silva, acusou o Presidente da República, Úmaro Sissoco Embaló, de ter adotado o método de implantar terror no seu mandato, por forma a controlar a mente e a liberdade de expressão dos cidadãos.
Augusto Mário da Silva afirmou que as intenções do Presidente da República guineense são “maléficas”, denunciando que emergiu em Bissau um esquadrão de repressão.
Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, 12 de outubro de 2020, Mário da Silva frisou que enquanto as declarações do Presidente da República traduzem na elevação da sua autoria moral dos atos, as vítimas de raptos e espancamentos pedem justiça.
Em resposta à comunicação do Sissoco Embaló no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, na qual questiona o silêncio da LGDH aquando da detenção e espancamento do deputado Marciano Indi e Armando Correia Dias, Mário da Silva garantiu que a LGDH não tem agenda seletiva na sua luta pela afirmação do Estado de direito democrático.
“A liga foi a primeira organização a denunciar o rapto de Marciano Indi, logo depois de ter sido contactadapor familiares, e em seguida, a LGDH usou todas as diligências para a sua libertação. No diz respeito a caso de Armando Correia Dias, graças à intervenção eficaz da liga, teve a autorização para assistência médica e medicamentosa e também garantia do acesso ao seu advogado, o que permitiu a sua libertação horas depois” asseverou.
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos realçou que vários casos de atentado contra a integridade dos ativistas políticos e jornalistas, o ocorrido na rádio Capital FM, têm fortes indícios de que teriam sido materializado por homens do tal “esquadrão de terror que conta com o apadrinhamento do Presidente da República Úmaro Sissoco Embaló”.
Perante o cenário, a LGDH exorta o Presidente da República, Sissoco Embaló, a adotar uma conduta republicana e “digna das funções que ocupa” e que é de suma importância evitar proferir discursos que instiguem a violência e o ódio, sublinhando que tal atitude em nada garante a coesão e a paz social dos cidadãos guineenses.
Por: Djamila da Silva
Foto: D. S
Conosaba/odemocratagb
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