Os deputados do parlamento da Guiné-Bissau aprovaram hoje a criação de uma comissão de inquérito a incidentes com três cidadãos guineenses, incluindo o deputado Marciano Indi, e à morte de um dirigente do Partido de Renovação Social.
Os 98 deputados presentes na sessão plenária, num universo de 102, votaram por unanimidade para a criação de uma comissão de inquérito aos acontecimentos que envolveram o deputado Marciano Indi, à morte de um dirigente do Partido de Renovação Social (PRS) durante uma manifestação realizada em 2019, e à detenção do cidadão Danilson Ferreira, autor do blogue Doka Internacional.
O deputado Marciano Indi, da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), foi raptado e espancado em maio por um grupo de desconhecidos, mas acabou por ser libertado, depois da intervenção do presidente do parlamento nacional, Cipriano Cassamá.
O dirigente do PRS Demba Baldé morreu durante uma manifestação realizada em outubro de 2019 para reclamar pela forma como estavam a ser organizadas as eleições presidenciais.
O cidadão Danilson Ferreira foi detido sem acusação, acabando também por ser libertado.
A comissão de inquérito parlamentar vai ser liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e será composta por um total de nove deputados.
O presidente do parlamento agradeceu aos deputados a “maturidade política”, salientando que a sessão de hoje representa uma “prova inequívoca” de que quando querem os guineenses conseguem.
“Agora é o momento de privilegiar a Guiné-Bissau e os interesses nacionais”, salientou.
Conosaba/Lusa
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