sábado, 6 de junho de 2020

CHEFE DE ESTADO GUINEENSE AVISA QUE INDISCIPLINA E CORRUPÇÃO TÊM TOLERÂNCIA ZERO


O Presidente da República chamou a atenção aos juízes conselheiros do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de que não vai permitir a corrupção nesta instituição máxima de justiça do país.

Umaro Sissocó Embaló fez esta advertência esta terça-feira no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, de regresso ao país, depois de quatro dias de visita privada a França, para consulta médica.

“Tenho a certeza que há juízes corruptos no Supremo Tribunal de Justiça, aos quais vou dar o seu “destino”. Sou o primeiro magistrado da Nação, não vou permitir que estes magistrados contaminem os seus colegas que são honestos e que têm noção de responsabilidades”.

Lembrou que o antigo Presidente da República, Koumba Yalá, tinha destituído o Supremo Tribunal de Justiça pelas mesmas razões, e que também vai faze-lo mas de forma diferente.

Sissoco Embaló advertiu que essa instância suprema de justiça não é lugar para fazer política, e quem quiser fazê-la que abandone a magistratura, criando a sua formação política ou ingressa no partido da sua convicção, PAIGC, PRS, Madem-G15, etc.

Questionado sobre a missão que incumbiu ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, para procura de consenso entre partidos políticos com assentos parlamentares, com vista à formação de um Governo de Base Alargada, o Chefe de Estado reafirma que se não houver entendimento entre partidos até dia 18 do corrente mês a dissolução da Assembleia será última opção para a resolução da crise política.

Embaló voltou reafirmar que a Guiné-Bissau não ficará mais refém de ninguém, assegurando que o país mudou desde 29 de dezembro passado, porque “não podemos ficar como um país de palhaços”.

Nesta base, o Presidente da República avisou que se alguém quiser falar, que fale mas sem ofensas. “O país tem apenas um Presidente escolhido pelo povo da Guiné-Bissau, pois há muitos desafios pela frente, por isso a indisciplina e a corrupção têm a tolerância zero”.

Por: Fulgêncio Mendes Borges

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