O novo Procurador-Geral da República (PGR), Fernando Gomes, garantiu esta terça-feira, 05 de maio de 2020, que a prioridade de atuação da nova liderança da Procuradoria-Geral da República é lutar contra a corrupção e o crime organizado. Fernando Gomes insistiu e alertou que o combate à corrupção nunca deverá ter “transmissores preferidos”, mas deverá ser encarado da esquerda à direita e do anónimo às mais poderosas autoridades, “ninguém estará acima da lei”.
O novo PGR fez essa observação na passassão do gabinete na Procuradoria-Geral da República, no Palácio de Justiça, em Bissau, na qual sublinhou que os guineenses depositam nas mãos dos magistrados do Ministério Público (MP) a esperança de ver florescer um novo padrão ético no trato da coisa pública.
Lembrou, por isso, que os magistrados têm o dever de não faltar, no âmbito das suas atribuições constitucionais, perante a sociedade que tem manifestado, inequivocamente, o desejo de ver cessar a impunidade e combate sem tréguas à corrupção.
O responsável do Ministério Público realçou a necessidade de os magistrados não permitirem mais interferências pessoais e partidárias nas atividades profissionais. Alertou-os que não devem também esperar que “neste árduo trabalho” seja possível ao Ministério Público passar ileso às críticas sobre os anseios e interesses de fortes estruturas que parasitam o Estado e beneficiam há décadas da usurpação de património de todos.
Por seu lado, o ex-Procurador-Geral da República, Ladislau Clemente Embassa, advertiu que a animosidade, a divisão enfraquecem, não fortalecem, por isso o espírito de coesão deve continuar porque: “as pessoas passam, mas as instituições ficam”, de maneira que os magistrados do Ministério Público devem continuar a colaborar com o novo procurador.
Embassa lembrou que o MP é uma instituição pendular de qualquer democracia porque “é lá que os interesses do Estado e os da coletividade são defendidos, como também os direitos fundamentais dos cidadãos “.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
Conosaba/odemocratagb
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