Por: yanick aerton
O colonialismo tinha como objectivo manter o povo africano, em geral,
e os Guineenses
em particular, perpetuamente na escuridão e na ignorância. Assim, o
colonialismo continuaria a explorar os povos e a fazer tudo quanto
entendesse, e não deixar que o povo se consciencializasse para
lutar pelos seus direitos mais elementares, donde se destaca a escola, ainda
que outros povos não fossem analfabetos, porque utilizavam
caracteres árabes para alargarem o seu horizonte de conhecimentos.
Será que o conhecimento ou seja a formação técnico-académica é um
elemento essencial para desenvolver o país, considerando-se o total
desprezo de critérios objectivos nas nomeações a que estamos a assistir
para cargos que exigem conhecimentos técnico-científicos?
Foram feitas muitas chamadas de atenção para se evitarem nomeações
baseadas em critérios repugnantes, tais como o compadrio, o nepotismo,
o tribalismo,
o
comunitarismo e o clientelismo, devendo-se privilegiar
a
competência e a meritocracia. Mas…….
Se é por essa via que queremos ir, então encerremos as escolas e dizer as
nossas escolas que não vale a pena ir a escola, porque para ser
nomeado para cargos de responsabilidade no Estado, basta ser um grande
activista ou ter meios para subornar os chefões dos partidos, onde há
défice de moral e de escrúpulos, como acontece em relação a alguns partidos da
nossa praça de Bissau.
Lumpenizou-se tanto o exercício do cargo público que agora todos
entendem que podem ser isto ou aquilo, e lutam por todos os meios, até os mais
ilícitos, para serem nomeados para altos cargos de responsabilidade.
Na direcção dos departamentos técnicos devem ser nomeados quadros com
sólida formação e conhecedores do sector, sejam eles do partido ou não, caso
contrário, estaremos a cometer um grande crime.
A ARN, A EAGB, A PETROGUIN, etc., são
serviços que exigem dos membros da direcção um conhecimento profundo,
se se quiser obter resultados satisfatórios, a não ser que o propósito seja
unicamente o de recompensar um activista ou financiador partidário,
pelos serviços prestados.
Juro-vos de pés juntos que enquanto assistimos a esta prática nefasta a Guiné-Bissau
nunca vai deslocar ou arrancar, para utilizar o slogan do PAIGC.
Se o Presidente da República não intervir atempadamente, não puser
um travão nessas aventuras, ele será o maior perdedor porque a sua
presidência será descredibilizada, o que poderá comprometer a sua reeleição.
Excelência General Presidente, bati Mon na mesa, ca bu seta sedu refém di és
djintis pabia bu votado nan na tudo lado di Guiné-Bissau i bu legitimidade bu conquistal
nan na urna! Suma bu ta fala: buca tene compromisso cu ninguin, pá ca e susau.
Sabemos que é muito difícil, senão impossível, ter as mãos livres num
Governo de compromissos como este, que a outra parte chama de
governo do “tchapa tchapa”, mas algo tem que ser feito para livrar este povo
de uma governação de desgraça.
O Presidente da República, por razões de aliança, foi empurrado
para esta solução de um governo do qual não tem controlo,
mas é sobejamente sabido que só se fala em nova maioria,
teoricamente, mas na prática ela não existe, porque o parlamento não se reuniu
para se poder saber se esta parte tem ou não uma maioria. Se os 4
deputados da APU ainda continuam a votar no mesmo sentido que a bancada
do PAIGC,
PND e
UM, onde está a nova maioria?
Por isso, apesar de apoiar a 100% este governo e as decisões
tomadas pelo General Presidente em demitir o governo do Aristides
Gomes, no meu interior, sei que esse decreto é judicialmente atacável
porque é nas urnas que o PAIGC, conseguiu a sua
legitimidade, da mesma forma que o General Presidente conquistou a sua
legitimidade ainda que o processo não tenha chegado ao seu fim. Não é preciso
ser um especialista em direito constitucional para saber
isso.
Portanto, ou governamos bem, indo ao encontro daquilo que é a visão do General
Presidente e às expectativas do povo, ou se devolve o poder ao PAIGC,
para terminar o seu mandato, com outro Primeiro-ministro, de preferência
uma senhora.
Neste governo não há cadeia de comando, cada kin ta iasa si bentana
manera ki nkindi, porque nem o Primeiro-ministro e nem tao pouco o PR estiverem
na origem da escolha dos seus integrantes, e cada um deve obediência
primeiro ao seu partido e líder ou movimento de apoio.
Onde está então o poder do General Presidente?
Daí a premente necessidade de num futuro próximo pensar-se na dissolução
do Parlamento e na formação de um governo de iniciativa presidencial
para libertar o povo das garras de certos interesses ou lobbies.
GOD SAVE THE
KING, COMO DIZEM OS BRITONS!
AQUI, VAMOS
DIZER:
GOD SAVE OUR
PRESIDENT GENERAL UMARO SISSOCO EMBALO, FROM THE GRIEFS OF THE POWER-HUNGRY!
VIVA GENERAL PRESIDENTE!
ABAIXO PRÁTICAS NEFASTAS NA GOVERNACAO!
Sem comentários:
Enviar um comentário