As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau anunciaram hoje que o número de casos confirmados da covid-19 subiu para 15 e apelaram aos guineenses para cumprirem com as recomendações e ficarem em casa.
"Nas últimas 24 horas foram diagnosticados seis novos casos. Das 17 amostras pendentes dez deram negativo, seis positivo e um inconclusivo. No total, temos 15 casos de covid-19 confirmados", afirmou a porta-voz da autoridade sanitária da Guiné-Bissau que luta contra a pandemia do novo coronavírus.
Aissatu Djaló divulgou também que o centro de atendimento da covid-19 no Hospital Nacional Simão Mendes já está disponível para internamento e tratamento dos pacientes.
"O coronavírus está na Guiné-Bissau, evoluiu, aumentou a contaminação dos nossos cidadãos, as equipas médicas estão no terreno a investigar novas contaminações", afirmou, por seu lado, Tumane Mané assessor do Ministério da Saúde.
Tumané Mané, antigo ministro da Função Pública do país e médico de profissão, apelou aos guineenses para ficarem em casa e cumprirem com as recomendações das autoridades sanitárias.
"A situação é séria, é grave, está em causa a nossa vida, a vida dos nossos filhos, das nossas mães e pais", afirmou.
Segundo Tumane Mané, a tendência nos próximos tempos é para que haja mais casos confirmados e a única forma de parar a pandemia é cumprir as recomendações e "ficar em casa".
"Tentem evitar sair às ruas", salientou.
No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades no poder na Guiné-Bissau declararam o estado de emergência, encerraram as fronteiras aéreas, terrestres e marítimas e aprovaram uma série de restrições, à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.
A pandemia afeta já 50 dos 55 países e territórios africanos, com mais de 7.000 infeções e 280 mortes, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). São Tomé e Príncipe permanece como o único país lusófono sem registo de infeção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 54 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 200.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Conosaba/Lusa
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