segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

OPINIÃO DO DR. MUTARO DJALÓ

Actualmente, os governos, educadores e demais profissionais deparam-se no presente com um dilema: Como educar os filhos? Sem sombra de dúvida, a educação é uma identidade pessoal de um ser humano ou uma guia pessoal, o que quer dizer, um homem sem educação não é um homem por inteiro, ou, se quisermos dito de outra forma, cada homem é muito mais homem, isto é, aprofunda muito mais a sua humanidade. Quanto mais educação tiver, mais humano poderá tornar-se pelo uso transformador dessa educação.

 Na realidade, educar ou ensinar são actividades que, directa ou indirectamente, contribuem decisivamente para a formação dos educandos enquanto pessoas, dotando-os de competências e conhecimentos que, mais cedo ou mais tarde, servirão para o seu desenvolvimento enquanto indivíduos e enquanto seres sociais. É com esta consciência do poder transformador da educação é que vou partir para o desenvolvimento deste artigo. Para que o artigo possa reflectir positivamente na sociedade guineense.

Se concordarmos que a função da Educação é a preparação das pessoas para o seu futuro, neste momento ninguém pode saber com exactidão como será o futuro, nem o futuro mais próximo. Daí, a educação das crianças deve merecer atenção de todas as entidades ligadas à ela. 

A sociedade está a sofrer mudanças fundamentais precisas de ser efectivadas e adaptadas as novas exigências, como a capacidade solidária entre as pessoas, os valores morais e o respeito pela diferença. Se na verdade, o homem mudou consideravelmente a sua história, seus rumos, seu ecossistema, embora foram às modificações ocorridas pelos avanços da ciência. Porque é que não se pode mudar o mau comportamento social que actualmente se verifica? Nos últimos anos a Educação tem sido um calcanhar de Aquiles para os pais, encarregados da educação e os governos. Sem sombra de dúvida, a nossa sociedade só vai mudar quando apostamos seriamente na Educação dos nossos filhos. É preciso investir na Educação, na formação dos professores, e demais pessoas ligadas à essa área tão importante. Partindo de base na reflexão sobre a Educação, o que se pode notar na nossa sociedade é a falta da Educação familiar.

Alias, muitos encarregados da educação julgam que os responsáveis pela educação dos seus filhos são as escolas. Mas, é bom salientar que a família tem uma responsabilidade grande no processo da socialização (Educação) das crianças. Visto que, a família é o primeiro meio em que a criança se inicia a sua adaptação ao meio social. Por isso, quando sai com uma má educação na família, certamente, irá reflectir muito na sociedade. Nesta ordem de ideia gostaria de recordar as palavras do filósofo Emille DURKHEIM, segundo ele “cada sociedade traça um certo ideal de homem e o que este  deve ser do ponto de vista intelectual, físico e moral. Que esse ideal é, em certa medida, o mesmo para todos os cidadãos de um país e que a partir de determinado ponto, se diferencia de acordo com os âmbitos particulares que cada sociedade alberga no seu seio. É esse ideal, ao mesmo tempo, único e diverso, o que representa o pólo da educação. Esta tem, portanto, como missão suscitar na criança: - um certo número de estados físicos e mentais que a sociedade, a que pertence, considera, como devendo florescer em cada um dos seus membros. - Certos Estados físicos e mentais que o grupo social específico (casa, classe, família, profissão) considera dever existirem em todos os que o constituem. Por conseguinte, é a sociedade, no seu conjunto e cada camada social específica, que determinam esse ideal que a educação realiza. A sociedade só pode subsistir se entre os seus membros existir uma homogeneidade, fixando adiantamento na alma da criança as semelhanças essenciais que a vida colectiva requer”.

Realmente se queremos ter uma boa sociedade é preciso dar uma boa educação às nossas crianças.


Por: Dr. Mutaro Djaló









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