Bissau, 27 dez 19 (ANG)- O candidato suportado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), afirmou que, caso for escolhido como chefe de Estado, no dia 29 de Dezembro, vai ser um Presidente “sério” e comprometido com as grandes aspirações do Povo.
Domingos Simões Pereira, em declarações à imprensa após o debate com o adversário, Umaro Sissoco Embalo, na segunda volta das eleições presidenciais, organizado pela Televisão da Guiné –Bissau e a Radio Nacional, disse que será um chefe de Estado que vai ser capaz de convocar a Nação guineense à um princípio de unidade onde o mérito será promovido e o talento individual será reconhecido.
Pereira disse que foi o debate possível e que qualquer das formas serviu minimamente à democracia, porque no contexto democrático o Povo é chamado a escolher em relação aos critérios objectivos não a diferenças em termos físicos, étnicos e religiosos, mas sim a escolher em relação a preparação dos candidatos e os projectos para sociedade que apresentam.
“Eu vim com a expectativa de ter um concorrente que ia permitir que houvesse um debate de substância sobre os assuntos essenciais para os guineenses, infelizmente ficou evidente que o meu opositor não só não possui um programa como também não está interessado que haja um debate sobre questões colocadas. Contudo, foi possível passar alguma mensagem”,explicou.
DSP como também é conhecido disse que o único triunfo do seu adversário passa por dividir o Povo, salientando que espera ter contribuído, na medida do possível, para esclarecer a opinião pública de que fez um trabalho de base ou seja, um diagnóstico social da situação da Guiné-Bissau e o manifesto apresentado é sério, e que pode de facto promover um país positivo.
Simões Pereira considerou de triste que um candidato que chega à segunda volta das eleições presidenciais, mas que continua a acreditar que está num jogo de circo pensando que isso pode lhe dar vantagem, tendo afirmado que o seu opositor está “completamente vazio” em termos de ideias.
Por seu turno, o candidato apoiado pelo Movimento para Alternância Democrática (Madem G-15), questionado sobre o balanço que faz do debate, respondeu que cabe ao Povo tirar as ilações do desempenho dos dois concorrentes no evento.
Umaro Sissoco Embalo disse que como uma pessoa humilde não faz a auto-avaliação, frisando que sempre ajudou o Estado guineense e vai continuar a fazê-lo, porque o país precisa de um Presidente que vai ser capaz de unir todos os seus filhos.
Embalo acusou o seu opositor de ser uma pessoa que exclui os outros, e que por isso a maioria dos candidatos mais votados na primeira volta se juntou a ele, por ser capaz de convergir com todos.
O debate tinha como objectivo “Proporcionar aos eleitores guineenses um melhor conhecimento dos assuntos que dominam, as agendas dos dois e as diferenças na construção da mensagem politica que pretendem transmitir””.
Os dois realizam hoje, em Bissau, o último comício de campanha eleitoral. A votação é já no domingo por um universo de cerca de 800 mil eleitores.
Na primeira volta Domingos Simões Pereira arrecadou pouco mais de 40 por cento dos dos votos contra 27 por cento de Umaro Sissoco Embaló. “
Conosaba/ANG/MSC/ÂC//SG
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