O vice-presidente da Liga Guineense dos direitos Humanos (LGDH) transmitiu esta terça-feira (2 de Abril) ao Procurador-geral da República suas preocupações sobre a dimensão dos assassinatos por feitiçaria.
A delegação chefiada pelo Vitorino Indeque solicitou o aprofundamento das investigações sobre estes casos.
“ Queremos partilhar as informações com o Procurador sobre os assassinatos nas regiões. Neste momento existe várias pessoas acusadas de práticas de feitiçaria e mediante isso houve vitimas porque algumas pessoas foram espancadas até a morte. Estamos interessados a saber do andamento destes processos que vinha a decorrer desde ano passado. Esta prática, quando existe na sociedade e a justiça não seja operante e célere, cria a situação da cumplicidade do estado multiplicando mais casos de violação dos direitos humanos”, explica Indeque.
De acordo ainda com vice-presidente Vitorino Indeque, o Procurador manifestou a sua satisfação pelas diligências desencadeadas pela Liga e assegurou que tudo fará para que os autores morais e materiais deste e outros casos similares, sejam traduzidos à Justiça.
De recordar que no sábado último uma delegação da LGDH, liderada pelo seu presidente Augusto Mário da Silva reuniu-se com a comunidade local, que fica a 9 quilómetros do sector de Bissorã para obter informações concretas do que realmente se passou.
Durante a sua intervenção, Mário da Silva condenou o acontecimento e fez lembrar a comunidade de “Maqué” de que num Estado de Direito democrático ninguém tem o direito de fazer a justiça com as suas próprias mãos.
As vítimas foram acusadas de terem causado uma doença a uma mulher da aldeia.
As regiões de Quinará, no sul, Biombo no nordeste e Bissorã e São Domingos, no norte, são as zonas onde a Liga tem recebido denúncias recorrentes de casos de mortes ligadas com acusações de prática de feitiçaria.
Por: Amadi Djuf Djaló/ Nautaran Marcos Có/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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