terça-feira, 9 de abril de 2019

AMBIENTE SUSPENDE OBRA DE CONSTRUÇÃO NA ZONA HUMIDA DE BLOLA

O Inspector-Geral do ambiente considera de preocupante a desmatação dos tarrafes nas zonas húmidas sobretudo de blola, arredores de Bissau. Actualmente, naquela localidade está a ser feita uma terraplanagem “desrespeitando” os procedimentos ambientais

As considerações foram feitas durante a visita da Inspecção-Geral do ambiente, em que se faz acompanhar dos técnicos da Camara Municipal de Bissau (CMB) assim como da autoridade de avaliação competente do impacto ambiental.

De acordo com Guilherme da Costa, esta zona é da recarga aquífera, por isso, as obras em execução vão ser interrompidas devido ao perigo que as construções podem trazer para o ambiente.

“Aqui por ser a zona húmida é muito preocupante destruir os mangais. Agora onde não há mangal não há pexes. Esta é a zona de recarga aquífera, quer dizer quando o tempo chove a água penetra no solo para alimentar o lençol freático, por isso qualquer construção vai comprometer a alimentação do lençol freático, e nós vamos suspender as obras”, garante.

Entretanto sobre o assunto ouvido pela imprensa, o chefe da divisão urbanístico, topografia e cadastro da Camara Municipal de Bissau, José Paulo Cabral, disse que a área faz parte da zona reservada para expansão portuária, porque há um plano directório que envolve diferentes ministérios.

“Certo neste momento é que não há um projecto submetido sobre construção das obras naquela localidade”, sustenta.

Além da Blola, vê-se no país construções nas zonas húmidas que aumenta a cada dia. O exemplo é na zona de Guimetal na entrada de São Paulo, em Bissau, e na zona de volta que dá acesso ao centro de cidade.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá/radiosolmansi com Conosaba do Porto

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