O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, acusou hoje "os partidos políticos que se sentem inconfortáveis com as próximas decisões das urnas" de tentarem comprometer as próximas legislativas.
"Não é a data nem o período que está em causa, mas sim a falta de preparação dos próprios partidos e atores políticos que contribuem para o comprometimento deste processo, infelizmente com a conivência e participação do próprio Presidente da República, José Mário Vaz", afirmou Domingos Simões Pereira à agência de notícias de Cabo Verde (Inforpress), país onde se encontra.
Na cidade da Praia, o presidente do PAIGC disse que todas as condições técnicas e materiais já estão criadas para o escrutínio, mas que "os partidos políticos que se sentem inconfortáveis com as próximas decisões das urnas" estão a tentar "perturbar o calendário".
E acrescentou: "Tecnicamente, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já está preparada. Agora, alguns partidos políticos reclamam que a taxa de recenseamento não atingiu a fasquia dos 100% de eleitores", disse.
O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau reuniu-se hoje de manhã com a comissão política do PAIGC em Cabo Verde.
Sobre a comunidade guineense radicada em Cabo Verde, e ainda segundo a Inforpress, disse que aquela encontra-se "bem estruturada e implantada", apesar de persistirem "desafios propícios da diáspora".
Na segunda-feira, Domingos Simões Pereira será recebido pelo Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, atual presidente em exercício da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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