O estudo que irá suportar a futura candidatura dos escritos de Amílcar Cabral ao programa Memórias do Mundo da UNESCO foi concluído e já está na posse da Fundação com o nome do fundador das nacionalidades cabo-verdiana e guineense.
O ato da entrega do estudo, elaborado por uma comissão ´ad hoc` de suporte a esta candidatura, realizou-se na terça-feira e os documentos foram entregues ao presidente da Fundação Amílcar Cabral, Pedro Pires.
Nesta cerimónia esteve presente o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, que preside ainda à Comissão Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que sublinhou a importância de "este legado ser conhecido e reconhecido por um organismo tão importante como é a UNESCO".
"O percurso histórico-cultural do país também se encontra nestes documentos", segundo uma nota do ministério que dirige, na qual se lê ainda: "Temos que criar ações que valorizem o legado de Amílcar Cabral".
Os documentos que estão agora na posse da Fundação Amílcar Cabral foram elaborados por uma comissão liderada pelo historiador Manuel Veiga.
Desta comissão fez ainda parte Carlos Reis, o investigador guineense Julião Soares Sousa e o engenheiro agrónomo Arlindo Fortes, professor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
O trabalho demorou 10 meses a ser realizado e dele resultaram dois estudos, num total de 429 páginas.
Segundo o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, até ao final do primeiro semestre estará criada a Comissão que irá seguir as indicações da UNESCO, trabalhar na candidatura dos Escritos de Cabral, "num processo que será rigoroso e terá todo o ´expertise` necessário para que quando esta for entregue seja aceite e aprovada".
Na cerimónia de entrega destes documentos esteve presente o embaixador da Guiné-Bissau em Cabo Verde, Mbala Alfredo Fernandes.
Conosaba/Lusa
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