O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, defendeu hoje o fim da pesca ilegal e uma nova abordagem aos recursos haliêuticos no país para um desenvolvimento do setor que contribua para o crescimento económico.
"É importante uma nova abordagem sobre a durabilidade da pesca, o que nos obriga a centrar os nossos esforços na avaliação e conhecimento dos estoques dos nossos recursos, a gestão racional e perene dos mesmos, bem como a sua proteção contra a pesca ilegal não declarada e não regulamentada que ameaça a sub-região", afirmou.
O primeiro-ministro falava na cerimónia de início da construção do porto de pesca do Alto de Bandim, um projeto financiado pela cooperação chinesa, no valor de 22 milhões de euros.
Segundo Aristides Gomes, o caminho percorrido leva todos a questionar a "estratégia clássica da venda de licenças".
"Os recursos financeiros gerados pelo setor das pescas através da venda direta de licenças podem ter resolvido o problema do dia-a-dia de tesouraria, mas deles não se pode aferir sinais de desenvolvimento do setor", salientou Aristides Gomes.
Para o primeiro-ministro, a construção do porto de pesca do Alto do Bandim é uma "mudança do paradigma no setor das pescas", porque se estão a criar condições para permitir a exportação de pescado da Guiné-Bissau.
Desde fevereiro de 2001 que a Guiné-Bissau foi excluída da lista de países autorizados a exportar produtos de pesca para o mercado europeu pela ausência de uma autoridade encarregue de verificar as condições de higiene e sanitárias do pescado.
Os guineenses consomem por ano cerca de 21 quilogramas de peixe.
Conosaba/Lusa
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