Bissau,23 Jul. 18 (ANG) – A Organização Não Governamental Enda Guiné-Bissau iniciou hoje e com duração de cinco dias, uma ação de reforço de capacidades dos atores comunitários a fim de documentar os casos de violação dos direitos humanos em usuários de Drogas Injetáveis.
Ao presidir a cerimónia da abertura do evento, o Diretor-geral da Prevenção e Promoção de Saúde afirmou que o seminário vai reforçar as capacidades não só dos técnicos como também de outros parceiros que lidam com a situação de drogas de forma a encontrar mecanismos de prestação de serviços dignos para usuários de drogas injetáveis.
Agostinho Ndumba sublinhou que ao abordarem os assuntos de drogas, algumas pessoas pensam que estão a incentivar o uso dessa prática na sociedade, esclarecendo que são pessoas que já estão doentes e usuários de drogas injetáveis, e que, por isso, enquanto técnicos de saúde têm a obrigação de lhes prestar um serviço de qualidade.
“Não estamos a incentivar as pessoas para usarem as drogas porque eles já estão dentro do sistema e por isso precisam de apoios e orientação. Nós somos os técnicos de saúde e a nossa missão é de dar orientação e prevenir a entrada de outras pessoas no sistema. O uso da droga não é prática boa para a sociedade”, esclareceu o Diretor-geral da Prevenção e Promoção de Saúde.
Por seu turno, o Presidente da Comissão de Coordenação Multisectorial de Luta Contra Sida, Malária e Tuberculose, Saliu Bá disse que a partir de hoje e até ao próximo dia 27 do corrente mês, o ateliê abre espaço para a discussão de importantes temas na área dos direitos humanos dos utentes usuários de drogas injetáveis e da saúde pública em geral.
Para o Diretor Nacional da ONG Enda Guiné-Bissau, o ateliê realiza-se na sequência das recomendações produzidas pelas organizações da Sociedade Civil, entidades governamentais, os decisores políticos e líderes de opiniões, que assumiram o engajamento de desenvolver ações que visem a promoção dos direitos humanos. no passado dia 26 de junho do ano em curso,
“Este ano, o mundo irá celebrar em Dezembro o 70º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos. E a Guiné-Bissau vai igualmente comemorar os 45 anos da sua independência”, referiu Mamadú Aliu Djaló.
Aquele responsável sublinhou que apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos ter quase já sete décadas, ainda existem barreiras e problemas que não estão a ser levadas em consideração pelas nações e povos que a subscreveram.
Aliu Djaló frisou que as componentes VIH/Sida e a tuberculose têm como um dos eixos para a sua implementação, o aspecto dos direitos humanos e ao mesmo tempo se identifica como entraves à sua boa execução, questões ligadas aos estigmas, descriminação e sobretudo a violência.
Conosaba/ANG/ÂC//SG
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