O presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, assinou, esta quarta-feira, um protocolo de cooperação com o líder da Câmara de Bissau, Luís de Melo, para apoiar o ordenamento do território da capital guineense.
Numa cerimónia na Câmara Municipal de Bissau e a que assistiu a ministra da Administração Territorial guineense, Ester Fernandes, Isaltino Morais comprometeu-se também a ajudar a sua congénere africana na criação de espaços verdes, na resolução de problemas do ambiente, saneamento urbano, urbanismo, habitação, formação e capacitação dos recursos humanos.
O protocolo tem a vigência de um ano, podendo ser renovado.
As duas partes salientaram o facto de o poder local na Guiné-Bissau ainda não contar com um enquadramento jurídico - nunca foram realizadas eleições autárquicas no país -, para destacar ser possível «minorar as carências com a cooperação intermunicipal», como disse Isaltino Morais, que prometeu assessoria técnica e jurídica à Câmara de Bissau.
Isaltino Morais quer transportar a experiência de Oeiras para inspirar Bissau, pegando sobretudo no trabalho feito no domínio da qualificação do território, que disse ser, a par das pessoas, o principal ativo de um município.
O trabalho feito e as condições que Oeiras hoje oferece permitiram que o município albergasse 30 por cento da base tecnológica de Portugal, sublinhou Isaltino Morais, que aponta agora a Educação como a «grande aposta» do município português.
«Queremos ter, e vamos ter, os melhores alunos de Portugal em Oeiras», disse Isaltino Morais, destacando que grande parte do que foi construído em Oeiras o foi graças aos trabalhadores cabo-verdianos e guineenses.
O presidente da Câmara de Bissau, Luís de Melo, enalteceu a disponibilidade para «beber da experiência de Oeiras» e salientou o facto de a capital guineense acolher cerca de 600 mil pessoas, quase um quarto da população total do país.
Luís de Melo afirmou que «Bissau, uma cidade pacata, de gente honrada e humilde», conta com o «amigo Isaltino Morais» para as «transformações de que necessita».
Conosaba/Lusa
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