O tema, em causa, não poderia ter sido melhor e mais oportuno, por quanto o fenómeno da pobreza guineense tem duas faces:
> Jovens e;
>Mulheres.
Por conseguinte, gostaria, com a vossa permissão, de partilhar alguns dados socio-económico com esta plateia composta de mulheres "guerreiras", trabalhadoras e geradoras duma esperança inabalável.
Em relação aos números da nossa economia:
> 60% da população guineense tem apenas 25 anos de idade.
> Mais de metade da nossa população são Mulheres 52%.
> 47% da riqueza por habitante, provém da nossa riqueza natural.
Os constrangimentos e os desafios:
Há um fenómeno de "Moratorium Social", ou seja, os nossos jovens são "obrigados" à "retardar" sua juventude devido aos seguintes factores:
> Falta de emprego, falta de posse, casa, ocupação, formação, etc.
Por outro lado, os efeitos da economia informal guineense se aproximam da média da África subsaariana: 38% do PIB.
O setor primário constitui 40% do PIB guineense, desde os anos 2000. Sendo que 90% da nossa exportação é proveniente da castanha de Caju destinado para Índia.
A incidência da Pobreza no período 2010-2016, segundo o relatório de (FMI, 2017):
Estima-se que a pobreza global em 2016 seja de 45,2%.
Mesmo com as robustas taxas de crescimento continuadas sob este cenário de "status quo", porém a redução projetada nas taxas de pobreza abranda, acentuadamente, no final do período de estimativa em 2022.
Os agregados familiares que dependem de salários do setor privado, além daqueles engajados na produção de caju, na indústria e nos serviços comerciais, testemunham as maiores reduções estimadas da pobreza.
Em termos gerais, a pobreza diminui de cerca de 25% desde 2010, para previsões mais otimistas de 43,7% em 2022.
Ocorrem reduções semelhantes nas taxas de pobreza urbana e rural para 35,4% e 52,4%, respectivamente 2010 à 2022.
A incidência da pobreza aumenta sob um cenário de diversificação pessimista em relação ao "status quo".
A incidência da pobreza global sob este cenário de diversificação é, ligeiramente, superior a longo prazo, principalmente por causa do pressuposto da deterioração da produção e rendimento do caju.
A clivagem da pobreza urbana-rural também se agrava. Porém, as diferenças nas taxas de pobreza nas ocupações são, ligeiramente, mais pequenas sob esta trajetória de crescimento alternativa, tornando-a mais igualitária através
dessa medida.
SOLUÇÕES POSSÍVEIS:
> Recomenda-se uma aposta "séria" na formação técnico-profissional à favor dos jovens, nos moldes de países i.e: Japão, Alemanha (pós- segunda Guerra Mundial) inspirados nos casos de outros países que fizeram, outrossim, aposta na formação de técnicos que surtiu efeitos positivos.
> Aposta na promoção das PME - Pequenas e Médias Empresas que constituem, assustadoramente, cerca de 90% das empresas em toda África Subsaariana.
> Endorajar essas empresas - PME's - ajudam na criação de emprego, dinamizam a economia e promovem iniciativas privadas...
> Incentivar de ponto de vista fiscal e de financiamento às PME.
> Incentivar SFD - Sistema Financeiro Descentralizado à favor das Mulheres e Jovens...
> Inspirar-se no "modelo" de diversificação agrícola adoptado pela Burkina Faso.
Thanks !
Muito Obrigado!
Bissau, 25/5/2018
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