terça-feira, 19 de junho de 2018

"ABASTECIMENTO DE ELETRICIDADE A BISSAU SERÁ REGULARIZADO EM OUTUBRO", DIZ PM DA GUINÉ-BISSAU

O fornecimento de eletricidade a Bissau deverá estar regularizado a partir de outubro com um contrato para a distribuição de fuel óleo, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes.

O líder do Governo guineense fez o anúncio à margem de um encontro de trabalho com uma missão técnica do Banco Mundial (BM), que se encontra em Bissau para estudar a possibilidade para a melhoria imediata do abastecimento de energia elétrica.

Aristides Gomes avançou que o Governo, apoiado pelo Banco Mundial, estuda com a empresa inglesa Agrekko a possibilidade de revisão do contrato de fornecimento de energia em vigor ao abrigo do qual Bissau recebe 15 megawatts de energia produzida a gasóleo.

É intenção do Governo guineense que a energia passe a ser produzida com base no fuel óleo, combustível que as autoridades acreditam ser impossível de ser roubado como acontece com o gasóleo na central elétrica de Bissau.

Nos últimos meses, a capital guineense conhece cortes sistemáticos de energia. As autoridades indicam que o roubo do gasóleo leva àquela situação.

Para já, a solução é a mudança do tipo de combustível, mas antes do final do ano, o primeiro-ministro quer ter um contrato assinado entre a Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) e uma empresa que fornece energia a partir de um barco que ficará ancorado ao largo de Bissau.

Cristina Svensson, a representante do Banco Mundial na Guiné-Bissau, que participou na reunião com Aristides Gomes, disse que a sua instituição "está do lado das autoridades" e vai apoiar, com uma assistência técnica, as iniciativas visando a melhoria da gestão da EAGB.

Svensson anunciou uma assistência de três anos para a melhoria do desempenho da EAGB.

O diretor-geral da empresa, René Barros, pediu calma à população de Bissau, salientando que compreende o défice no fornecimento de energia elétrica, como é reclamado pelos clientes.

O mesmo dirigente afirmou que a Agrekko se comprometeu a fornecer 15 megawatts à EAGB, mas neste momento apenas dá 14, devido a uma avaria num grupo eletrogéneo.

René Barros esclareceu que para atender toda população de Bissau, seriam necessários mais de 40 megawatts de energia elétrica.

Conosaba/Lusa





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