sábado, 19 de maio de 2018

GUINÉ CONAKRY: DEMISSÃO DO PRIMEIRO-MINISTRO MAMADY YOULA E DO SEU GOVERNO


Conakry - O Primeiro-ministro da Guiné-Conakry, Mamady Youla, apresentou quinta-feira, em Conakry, a sua demissão e do seu governo, declarou à imprensa o ministro do Estado e porta-voz da Presidência, Kiridi Bangoura.

Segundo Kiridi Bangoura, o Presidente Alpha Condé “aceitou a demissão” e “instruiu o Primeiro-ministro e ao governo cessante a assumirem a gestão dos assuntos correntes, até a nomeação do novo Executivo”.

Nomeado Primeiro-ministro em Dezembro de 2015, depois da reeleição de Alpha Condé, Mamady Youla, de 56 anos, fora antes conselheiro do Primeiro-ministro, entre 2003 e 2004, para depois ir para os negócios privados, onde dirigiu a “Guinea alumina corporation”.

Como Primeiro-ministro, era o responsável pelo Plano nacional de desenvolvimento económico e social (PNDES) 2016-2020, cuja ambição é, nomeadamente sanear as finanças públicas e relançar uma economia que progressivamente sai do efeito ebola e da baixa dos preços das matérias-primas, que afectaram duramente o país, de 2014 a 2015.

A sua demissão acontece alguns meses antes das eleições legislativas, que terão lugar no decorrer de 2018, e numa altura em que o país prepara-se para comemorar os 60 anos de independência, no ia 02 de Outubro.

Mamady Youla demite-se pouco de três meses depois das eleições autárquicas, de 04 de Fevereiro último, cujos resultados foram questionados por uma parte da oposição, particularmente pela União das Forças democráticas do líder da oposição, Cellou Dalein Diallo.

As eleições seguidas de manifestações da oposição e de uma vaga de violências pós eleitorais, foram ganhas pelo partido Arco-Íris (RP), no poder.

No inicio de Abril, o clima tenso entre o poder e a oposição amenizou-se, depois de Alpha Condé e Cellou Dalein Diallo terem-se encontrado, e o líder da oposição ter apelado ao fim das manifestações de rua.

Porém, na semana passada, a oposição anunciou suspender a sua participação no diálogo político, alegando que o governo não respeitou os acordos de Outubro de 2016.

Conosaba/angop

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