Bruxelas - A União Europeia (UE) considerou hoje "muito preocupante" a actual crise política na Guiné-Bissau e de "não haver garantias de efectiva vontade das autoridades" em organizar eleições este ano.
A afirmação, segundo a Lusa, é de uma fonte europeia, que salienta que a “persistência do bloqueio político põe em risco a segurança do país num momento sensível”.
A Constituição guineense prevê a realização de eleições nos próximos meses, mas Bruxelas refere “não haver garantias de efectiva vontade das autoridades” de que sejam organizadas.
Assim, a Comunidade Europeia apoia as sanções recentemente decretadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) contra 19 personalidades guineenses, defendendo uma resposta internacional coordenada à crise na Guiné-Bissau.
“A UE apoia totalmente os esforços da CEDEAO para manter a estabilidade na Guiné-Bissau, incluindo a recente decisão de impor sanções àqueles que obstruem a aplicação do Acordo de Conacri”, salientou a mesma fonte.
A UE “apoia uma resposta unida e coordenada por parte dos parceiros internacionais, tal como pedido pela CEDEAO, especialmente com a ONU e a União Africana”.
A CEDEAO confirmou, a 07 de Fevereiro último, uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses, entre as quais o procurador-geral da República, Bacari Biai, e um filho do presidente guineense, José Mário Vaz.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, do Governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, em Agosto de 2015.
Conosaba/angop
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