Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) realizam hoje em Lomé, Togo, uma cimeira extraordinária para debater a situação política na Guiné-Bissau.
A cimeira extraordinária realiza-se depois de uma missão ministerial da CEDEAO ter estado na quarta-feira em Bissau para contactos com as autoridades guineenses, representantes da comunidade internacional e signatários do Acordo de Conacri.
Vão participar na cimeira, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que viaja hoje para Lomé, o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, bem como representantes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido Renovação Social (PRS).
As delegações do PAIGC, do PRS e o presidente do parlamento viajaram na sexta-feira para Lomé.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, em agosto de 2015 do Governo liderado pelo antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, do PAIGC, vencedor das legislativas de 2014.
Por falta de consenso entre as várias forças políticas, a CEDEAO elaborou o Acordo de Conacri, assinado pelo partidos com representação parlamentar e os deputados expulsos do PAIGC, denominados por Grupo dos 15.
Segundo uma parte dos signatários, no âmbito do acordo foi escolhido um determinado nome para primeiro-ministro, mas o chefe de Estado guineense nomeou uma outra pessoa.
A CEDEAO entende que o acordo continua sem ser implementado e em fevereiro confirmou uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses, entre as quais se encontram vários membros do setor político e judicial.
Desde as eleições legislativas de 2014, a Guiné-Bissau já teve seis primeiros-ministros.
O último primeiro-ministro nomeado pelo Presidente foi Artur Silva, um dirigente do PAIGC, que tomou posse a 31 de janeiro, mas que, até ao momento, ainda não apresentou a composição do seu Governo.
A Guiné-Bissau deverá realizar eleições legislativas ainda este ano e presidenciais em 2019.
Conosaba/Lusa
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