O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, diz não compreender o motivo das auscultações do presidente da república com vista a marcação da data das eleições legislativas se o país continua sem governo
Domingos Simões Pereira falava, esta quarta-feira (28), depois de o encontro que o presidente José Mário Vaz tem promove, desde esta quarta-feira, com partidos políticos com e sem assento parlamentar com vista a marcação da data das eleições legislativas que, segundo as leis da república, devem ser realizadas em Maio deste ano.
Domingos Simões Pereira diz ter encorajado o presidente da república para usar as suas competências reservadas na lei para fixar a data as eleições legislativas “tendo em conta que estamos no ano das eleições”.
“Aproveitamos para manifestar ao presidente da república a nossa estranheza pelo facto de estar a proceder estas auscultações com vista a marcação da data das eleições legislativas sem ter um governo. Chamos atenção que normalmente o próprio calendário instrui o presidente da república sobre as datas que servem de referência para este feito que devem resultar de um trabalho prévio do próprio governo”, explica.
O líder do PAIGC volta a lembrar que a Comissão Nacional das Eleições (CNE) está “caduca” e neste momento não tem um presidente
“Todos temos uma CNE independente que conduz o processo eleitoral. (…) Não entendemos muito bem como ele (presidente da república) pretende contornar esta situação”, sustenta Simões Pereira que acusa o presidente de insistir a não respeitar e nem cumprir o acordo de Conacri.
“O presidente da república deve cumprir o acordo de Conacri ou a constituição da república e proceder a nomeação de um governo de consenso em função destas disposições”, precisa.
Segundo calendário eleitoral, as eleições legislativas devem ser feitas em Maio deste ano. Mas depois das auscultações os partidos políticos revelaram que existem duas datas em cima da mesa, isto é, em maio ou Novembro do corrente ano.
Isto numa altura em que a CNE diz não ter condições necessárias para a realização das eleições na data prevista pela lei.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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