O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fixou hoje o preço da compra da castanha do caju em mil francos CFA por quilograma e pediu que o dinheiro fique no país nos bolsos dos produtores.
José Mário Vaz abriu hoje, na cidade de Gabu, a 200 quilómetros a leste de Bissau, a abertura oficial da campanha que deve decorrer até ao mês de setembro, esperando-se a compra de 200 mil toneladas de caju aos agricultores.
"Significa que este ano, de 2018, os nossos produtores ou agricultores vão arrecadar qualquer coisa como 200 mil milhões, é muito dinheiro. Mas é bem-vindo para o bolso dos donos das hortas", declarou o líder guineense.
"O dinheiro deve ficar no nosso país e deve ir para o bolso dos donos da horta, porque a castanha é deles e a contrapartida em dinheiro deve reverter a favor deles", observou.
José Mário Vaz disse ter decidido avançar com o preço de 1000 francos CFA (cerca de 1,5 euro) por cada quilograma do caju no produtor, a pedido de régulos (autoridades tradicionais) e da população em geral.
O Presidente pediu também aos guineenses que "recebam bem" os estrangeiros que vão visitar o país "para que sintam como se estivessem nos seus países" e comprem o produto que disse ser a "riqueza nacional".
José Mário Vaz apelou aos agricultores para venderem o caju, guardarem o dinheiro nos bancos, fixarem os gastos e aplicarem o remanescente na cultura de outros produtos alimentares, "com bom preço no mercado".
O líder guineense exortou as autoridades e a população para que reforcem o controlo para que a castanha não seja contrabandeada.
Dados do Governo indicam que pelo menos 90 mil toneladas de castanha de caju guineense desaparecem anualmente do circuito oficial devido ao contrabando.
O chefe de Estado recordou também que apesar de a Guiné-Bissau exportar caju desde 1976, só no ano passado é que o preço ao produtor atingiu os 1000 francos CFA.
Conosaba/Lusa
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