Nada mudará
com a nomeação de Augusto olivais, como P.Ministro da Guiné Bissau uma
vez que se trata, em última instância, de mais uma astúcia de JOMAV PARA EVITAR SANÇÕES!
É mais um
“Vira o disco e toca o mesmo”! Senão vejamos, com a nomeação do novo P.Ministro
, o Presidente da República, irá seguramente impor condições ao novo PM,
incluindo no elenco governamental, nas principais pastas (Finanças, Negócios
Estrangeiros, Interior, Defesa, etc.), os seus homens de confiança, para
continuar a ter um controlo inequívoco sobre o Executivo, que irá organizar as
próximas eleições.
Ora, PAIGC e
os Partidos políticos que o apoiam, não aceitarão estas ingerências.
Isto
significa, que a crise está para durar no nosso país, uma vez que o PR irá
continuar a ter uma intervenção directa nos assuntos da competência do Governo!
Segundo a
imprensa senegalesa, o Presidente da Costa de Marfim, Alassane Ouattara, não
gostou de ver figurar o nome de Carlos
Gomes Jr, como o provável P.ministro que irá substituir U. Sissoco, na medida
em que tal decisão do Jomav, colocaria a possibilidade de Cadogo filho entrar
na corrida para o poder, tendo em conta a aproximação das datas das próximas
eleições Legislativas e Presidenciais. Daí o Presidente da Costa de Marfim ter
manifestado o seu desagrado e preocupação junto dos seus pares da subregião e
particularmente de Macky Sall, pedindo à implementação das sanções da CEDEAO e
da comunidade internacional, medidas que, poderão abranger o próprio Cadogo,
uma vez nomeado a esse cargo de PM, na sua qualidade de nº16 do grupo
dissidente do PAIGC!
A história de 12 de Abril (Golpe de
Estado)
Um regresso a história recente do 12 de Abril: O Ex-presidente L. Gbagbo, inimigo
de A. Ouattara, era apoiado pelo Presidente angolano Eduardo dos Santos, e, a
sua base na Guiné Bissau, no quadro da cooperação militar, incomodava a Costa
de Marfim e os seus apoiantes da CEDEAO.
Depois da crise pós-eleitoral na Costa de
Marfim em 2010, a presença militar angolana na Guiné-Bissau, era visto como
interferência angolana na esfera de influência da CEDEAO, liderado pelo
triunvirato, Nigéria/Côte d´Ivoire/Senegal..
Logo após o
fim de conflito na Costa de Marfim, o novo presidente da república procurou
limpar as influências de angola no pais e na sub-região por via da Guiné
Bissau,
O Golpe de
Estado de 12 de Abril, foi organizado a partir de Costa de Marfim e Nigéria,
não na Guiné Bissau, como muitos pensam e fizeram transparecer, foi sim, por
arrastamento depois das duas reuniões dos Chefes de Estados Maior da Sub-região
em Abidjan e Nigéria, posteriormente consumado no terreno na Guiné Bissau.
Carlos Gomes
Júnior, era visto como um homem próximo de Luanda, o que para a Costa de Marfim e os seus parceiros,
representava um perigo para a sua liderança na sub-região, materializada
através da cooperação militar entre Luanda-Bissau.
Não foi por
acaso que depois de consumado o Golpe de Estado de 12 Abril, a pedido do mesmo
Ouattara, o PM Carlos Gomes Jr. e o Presidente interino, Raimundo Pereira foram
poupados pelos revoltosos e o Presidente marfinense, ofereceu-se
prontamente para os acolher em Abidjan,
onde permaneceram algum tempo, antes de serem conduzidos para o degredo em
Portugal, onde Cadogo permaneceu até ao dia 18 corrente.
Ora, quando
Ouattara apercebe-se que Carlos Gomes Jr., faz parte de um plano maquiavélico
do JOMAV,visando colocar o ex-vencedor da 1ª volta das eleições presidenciais
de 18 de Março de 2012, como
Primeiro-Ministro, não gostou e
manifestou as suas preocupações aos seus pares da CEDEAO, particularmente a
Macky Sall, um dos suportes seguro de JOMAV na Organização regional..
A cedência a última hora de JOMAV,
tem três aspetos a reter:
1º Percebeu
que nomeando Cadogo, Primeiro- Ministro, corre o risco de ver aplicadas as
sanções pela CEDEAO.
2º Apercebeu –se que a nomeação de um PM fora do quadro do
Acordo de Conacri, que segundo parece lhe foi sugerido por Botché, só atiçaria
ainda mais a presente crise e que tal
decisão poderá resultar num descambar de todo este imbróglio político, e o poder
pode cair na rua, ou assistirmos a mais um “Golpe de Estado”, uma vez
que alguns militares estão neste momento detidos sob suspeita de tentativa de
subversão.
3º
Dificilmente e não é pacifico como pensaram os autores desta proposta Botché Candé e Braima Camara, que,
com esta nomeação, o Cadogo Jr, chegaria
e tomaria a liderança do Partido PAIGC que se prepara a realizar o seu
Congresso no final deste mês de Janeiro.
Ora a nomeação
de Augusto Olivais, tem muitos espinhos/condicionantes e está armadilhado!
a) O facto
de nomear Augusto Olivais, não significa cumprir o acordo de Conacry.
b) Vai impor
condições e nomes para muitas pastas Ministeriais, tal vai fazer recrudescer e
prolongar a crise.~
c)
Apercebeu-se que caso Carlos Gomes, negociasse com a atual direção do PAIGC, o
apoio da sua candidatura a Presidência da República, ficaria (frito), ou seja
comprometido, sem qualquer possibilidade de garantir a sua reeleição para o 2º
mandato.
d) Também,
na eventualidade de Carlos Gomes Jr assumisse a liderança do PAIGC, as
atrocidades feitas pelo JOMAV, também
teriam dias contados.
Assim,
estariamos perante alguém, sábio, exímio negociador e político inteligente , sabendo distanciar-se desta
estratégia maquiavélica de JOMAV.
Também, se
isto acontecer JOMAV , o Sr. todo poderoso do Ministério Público,
avançaria para a última fase do projeto
a que chamei : CILADA E ARMADILHA, a prisão pelo
o Ministério público por forma a impedir a sua candidatura e
avançar com a prisão preventiva de Cadogo e
até ao julgamento, o que se pode arrastar para um período, depois das
eleições presidenciais.
Pois JOMAV, sabe que isto é possível, uma vez que,
falhou a primeira diligência rogatória em Portugal, MP invocando o perigo de
fuga porque CADOGO, tem a residência fixa no estrangeiro, uma vez que, tem casa
em Portugal e Cabo Verde, alegando risco de fuga do suspeito ou indiciado .
POR ISSO, FICOU MUITO MAL NA FOTOGRAFIA,PELO
FACTO DE CARLOS GOMES JUNIOR, ALIAR-SE AOS 15, SENDO ELES NA SUA MAIORIA OS
PRINCIPAIS CONSPIRADORES DE 12 DE ABRIL, CONTRA ELE NO PASSADO RECENTE.
Ficamos revoltado, em ver que os 15 depositaram nele
toda a esperança de poder baralhar as cartas
no seio do PAIGC, trazer de novo
aprofundamento da crise política no país, que já dura há quase 4 anos, sem
contar com 2 anos de transição.
O que poderá
acontecer nos próximos dias ou nas próximas 2 semanas, é crucial para o povo da Guiné Bissau.
Homens,
mulheres e crianças, estão exaustos destas palhaçadas, delapidação do tesouro
público,cooperação esquisitas ,lavagem de dinheiro e branqueamento de capital a
luz de todo o mundo.
Hoje, nas
conversas de café em Portugal ouve-se comentar sobre as deslocações constantes
e quase que clandestinas de JOMAV a Portugal de forma mais surdino possível .
SERIFO NHAMADJO, EX PRESIDENTE DE
TRANSICÃO, deixou
bem impressionado os militantes, dirigentes e a sociedade
em geral, foi de exemplo pedagógico, a sua serenidade e humildade em cumprir os
preceitos estatutários e vai ao Congresso como delegado eleito pelo seu círculo
eleitoral (Mansabá).
Ninguém pode
pretender e sobretudo nos dias que correm ser dono do PAIGC ou da verdade,
apenas porque foi Presidente do mesmo durante 12 anos.
O MUNDO MUDOU, TAMBÉM A ELEVAÇÃO DOS
GUINEENSES A ACOMPANHAR ESTA MUDANÇA,
DEBATE-SE TUDO CONCERNENTE AO FUTURO DO
PAÍS.
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