O novo primeiro-ministro guineense, Artur Silva, de 61 anos, hoje investido no cargo, prometeu "para breve" o seu Governo que será integrado "por todos" os signatários do Acordo de Conacri, patrocinado pela comunidade da Africa Ocidental.
O Acordo de Conacri é um documento proposto pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e rubricado, em outubro de 2016, por líderes guineenses, visando acabar com a crise política no país lusófono.
Dois anos depois da assinatura do acordo, a crise ainda persiste.
A CEDEAO ameaçava aplicar sanções se até hoje não for nomeado um Governo com base do referido acordo, assinado pelos cinco partidos com assento parlamentar, o líder do Parlamento e o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Vencedor das últimas eleições legislativas, o PAIGC e outras duas formações políticas com assento parlamentar, a União para Mudança e o Partido da Convergência Democrática, todos subscritores do Acordo de Conacri, já anunciaram que não vão aceitar um primeiro-ministro que não seja nomeado na base do referido acordo.
Devido à falta de entendimento entre os signatários do Acordo do Conacri à volta da figura que era apontada como a consensual no âmbito daquele documento, o Presidente guineense decidiu escolher Artur Silva como primeiro-ministro.
Militante e dirigente do PAIGC, Augusto Artur António da Silva, nascido em Bissau, é engenheiro de pescas formado entre o Brasil e Inglaterra, que já desempenhou vários cargos governamentais, nomeadamente ministro das Pescas, dos Negócios Estrangeiros, da Educação, Juventude e Desporto.
Também foi ministro da Defesa guineense.
Artur Silva desempenhou igualmente as funções de conselheiro político e diplomático de Domingos Simões Pereira, na altura em que aquele chefiou o Governo, saído das eleições de 2014, mas, entretanto, demitido por José Mário Vaz.
Conosaba//Lusa
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