quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

MOÇAMBIQUE: NYUSI ELOGIA DHLAKAMA E DIZ QUE ESTADO DA NAÇÃO É "DESAFIANTE, MAS ENCORAJADOR"

Nyusi e Dlhakama, Gorongosa, 2017.

Elogio consta do discurso sobre o estado da nação, no qual Nyusi diz que a entendimento para a paz será em breve.

O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse estar para breve, um entendimento político sobre a paz no país e elogiou o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, pelo seu papel colaborativo neste processo.

Nyusi, que falava esta quarta-feira, 20, no Parlamento, durante a apresentação do seu informe anual sobre o estado geral da nação, não deu detalhes, mas afirmou que os consensos até aqui alcançados no diálogo político com a Renamo são o reconhecimento de que não é pela via de conflito que se resolvem os problemas, mas sim através do diálogo.

Descrevendo o estado geral da nação como "desafiante, mas encorajador", Nyusi falou da questão dos ataques a Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, afirmando que os mesmos "foram perpetrados por um grupo armado de malfeitores inspirados no extremismo, e constituem uma afronta ao estado de direito democrático moçambicano." O combate a esse grupo está a ser feito em coordenação com os governos da Tanzania e do Malawi.

Relativamente às chamadas dívidas ocultas, o estadista moçambicano reiterou a disponibilidade do seu Governo de apoiar o Ministério Público na implementação das recomendações dos investigadores da empresa Kroll sobre a matéria, "mas observando-se o princípio da separação de poderes".

O Porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, José Lopes, afirmou estar desapontado com o informe do Chefe de Estado, "porque nós esperavamos que ele dissesse quando é que teremos uma paz definitiva e quando é que seriam responsabilizados aqueles que contrairam as dívidas ocultas".

Por seu turno, Fernando Bismarques, do MDM, lamentou o facto de o presidente Nyusi não ter feito referência a um pretenso documento produzido na mesa do diálogo político entre o Governo e a Renamo, que devia ter sido submetido à presente sessão da Assembleia da República.

Conosaba/Voa

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