Bissau - Os chefes do Estado do Togo, Fuare Gnassingbé, e o da Guiné-Conacri, Alpha Condé, convocaram os principais líderes políticos da Guiné-Bissau para um encontro, na sexta-feira, na Nigéria, para discutir a crise política no país lusófono.
Fonte partidária disse à Lusa que o encontro, em Abuja, irá anteceder, no sábado, a conferência de chefes de Estado e governos da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que entre outros pontos, irá discutir a crise na Guiné-Bissau.
Fuare Gnassingbé é o actual presidente em exercício da CEDEAO e Alpha Condé é o mediador da crise guineense proposto pela organização sub-regional.
Sob os auspícios de Condé, líderes guineenses rubricaram, em Outubro de 2016, o Acordo de Conacri, que, entre outros pontos, previa a formação de um governo cujo primeiro-ministro fosse de consenso entre os partidos representados no Parlamento e ainda que merecesse a confiança do Presidente do país.
Um ano após a assinatura do referido acordo a crise política persiste e a CEDEAO já instou, por várias vezes, o seu cumprimento, tendo, inclusive, ameaçado aplicar sanções contra os que impedem a sua aplicação integral.
Para o encontro de sexta-feira, que decorrerá numa unidade hoteleira em Abuja, os dois dirigentes da CEDEAO pretendem auscultar as opiniões de Domingos Simões Pereira, do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Alberto Nambeia do PRS (Partido da Renovação Social), Agnelo Regalla, da União para Mudança, Vicente Fernandes, do Partido da Convergência Democrática e Iaia Djaló, do Partido da Nova Democracia.
A fonte confirmou que estarão ainda no encontro de Abuja, o coordenador do grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC, Braima Camará, o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, Idrissa Djalo, presidente do Partido da Unidade Nacional e Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido, Partido Social Democrata da Guiné-Bissau.
Djaló e Nabian não são signatários do Acordo de Conacri mas foram convidados enquanto dirigentes do colectivo de partidos democráticos que têm exigido que o Presidente guineense demita o governo do primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, que consideram ilegal.
Conosaba/Lusa/angop
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