O campeonato de futebol da Guiné-Bissau foi retomado este fim de semana, mas alguns clubes mantiveram o boicote aos jogos para reclamarem transparência na gestão da federação, disse hoje à Lusa Sadjo Seidi, da Liga de clubes.
Vice-presidente da Liga, Sadjo Seidi explicou que, apesar da retoma do campeonato, interrompido no passado dia 04, por decisão judicial, três clubes (Balantas de Mansoa, FC Sonaco e Sporting de Bafatá) recusam-se a jogar.
Os clubes alegam irregularidades nas contas da federação. Vários clubes da primeira e segunda divisão do futebol guineense intentaram uma providência cautelar a pedir à justiça o impedimento do início do campeonato.
A federação ainda marcou os jogos da segunda jornada, há duas semanas, mas a polícia obrigou o cancelamento dos jogos, em cumprimento da ordem do tribunal.
Fonte da federação garantiu hoje à Lusa que o mesmo juiz acabou por admitir um recurso com efeito suspensivo à decisão, o que permitiu a retoma do campeonato. Dos sete jogos que deviam ter lugar, realizaram-se apenas quatro.
O Sporting e o Benfica de Bissau empataram a zero, resultado também verificado no jogo UDIB-Portos de Bissau, enquanto o Bula FC derrotou o FC Cuntum, por 1-0, e FC Pelundo ganhou ao FC Canchungo pelo mesmo resultado.
Os jogos Balantas de Mansoa-Sporting de Bafatá e FC Sonaco-Lagartos de Bambadinca, agendados para sábado, não se realizaram devido ao boicote de Mansoa, Bafatá e Sonaco.
Sadjo Seidi disse que a Liga "está solidária" com os três clubes e pede à federação que apresente as contas "conforme as exigências dos seus associados".
"Não se pode estar numa competição em que não há transparência na gestão dos fundos", observou o vice-presidente da Liga, instituição que não é reconhecida pela federação.
Para hoje está marcada ainda uma partida da segunda jornada, entre o Flamengo de Pefine e o Desportivo de Farim.
Conosaba/Lusa
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