domingo, 10 de dezembro de 2017

AVICULTORES GUINEENSES PEDEM APOIO DO GOVERNO


O presidente da associação de avicultores da Guiné-Bissau, Alfredo Cá, lamentou hoje "a falta de apoio e de interesse" das autoridades no setor que acredita poder ajudar no combate à pobreza no país.

Alfredo Cá, que é também líder da associação Asas do Socorro, uma das mais dinâmicas na criação de frangos do abate e produção de ovos na Guiné-Bissau, critica o desinteresse do governo, mas também lamenta existirem "apenas 150" guineenses a dedicarem-se ao setor que considera ser gerador de "rendimentos rápidos".

Os 150 criadores de frangos e produtores de ovos, que terminaram hoje, em Bissau, um encontro para discutir mecanismos de promover o crescimento do setor, criar mais empregos e reduzir as importações.

Segundo Alfredo Cá, anualmente entram no mercado guineense cerca de 1.500 toneladas de frango importado de Portugal, Espanha, Brasil e países asiáticos e cerca de mil toneladas de ovos.

"O grave é que a importação desses produtos é feita apenas por seis pessoas", disse Alfredo Cá.

No Senegal a avicultura emprega mais de 50 mil pessoas, em Marrocos 350 mil, mas na Guiné-Bissau "são apenas 150 pessoas" a operar num setor que, frisa, podia ajudar a combater a pobreza no país "se houvesse outra abordagem do governo".

"A avicultura é uma atividade que gera lucro de forma rápida", observou.

Alfredo Cá afirma-se, no entanto, confiante em relação ao futuro uma vez que os bancos comerciais estão "finalmente" a interessar-se pela avicultura, setor que em 2017 movimentou cerca de 100 mil euros.

Presentes no encontro de avicultores guineenses, que contou também com uma feira de produtos agrícolas e animais, representantes do FAO e da União Europeia prometeram continuar a apoiar a dinamização do setor que acreditam poder ajudar a combater a insegurança alimentar e aumentar o rendimento dos guineenses.

Conosaba/Lusa

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