segunda-feira, 27 de novembro de 2017

BASTÓNARIO DA ORDEM DE JORNALISTAS PREOCUPADO COM A CENSURA NOS ORGÃOS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

A Ordem dos Jornalistas manifestou esta segunda-feira (27 de Novembro) aos membros do Gabinete do primeiro-ministro a preocupação da classe sobre as ameaças contra a Rádio Capital, notificação do jornalista duma rádio privada e problemas da censura

A delegação da Ordem chefiada pelo António Nhaga esteve reunida um pouco mais de quatro horas com um dos conselheiros do chefe do governo a quem transmitiu a inquietação da Ordem.

«Foi um encontro onde abordamos várias coisas começando pela rádio capital FM passando pela censura e o modelo de negócios de jornalismo na Guiné-Bissau que é necessário e urgente. Mas em relação a primeira questão (da rádio capital) ficou-se claro que é um caso de polícia. Disseram-nos que o primeiro-ministro não sabe se o Tcherno (segurança do primeiro-ministro que alegadamente ameaçou acabar com as emissões da rádio e de ameaçar jornalistas da mesma estação) tinha ligado para a rádio capital e se acontecer, é uma questão isolada que não tem nada a ver com o chefe do governo», explica.

Entretanto, afirma ter manifestado no encontro serem contra a censura. “ Em relação a censura, nós deixamos-lhe entender que somos contra a censura”. 

António Nhaga revelou por outro lado que durante o encontro discutiu-se sobre os conceitos da objectividade e imparcialidade mostrando claramente que os jornalistas têm a missão de construir a verdade com base nas informações que recebem das suas fontes. “ Durante o encontro, fizemos a questão de lhes fazer entender que pelo facto de jornalista ser de um órgão publico, há uma única verdade a ser difundida. Não há verdade pública ou privada. A notícia não é aquilo que os jornalistas pensam mas aquilo que as fontes dizem e por isso devem ser justos” justifica o Bastonário.

Por: Amadu Uri Djaló/radiosolmansi com Conosaba

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