Em entrevista com uma das viúvas do ex-presidente da Guiné-Bissau, Nino Vieira, assassinado em 2009.
Nazaré Vieira é uma das viúvas do ex-presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo conhecido como "Nino" Vieira, assassinado em 2 de março de 2009. Pela primeira vez em muitos anos, ela finalmente decidiu sair de seu silêncio .. A Africa Connection é uma das duas mídias que conheceu exclusivamente.
Ela é uma mulher determinada a retornar ao seu país, mas acima de tudo para "conhecer a verdade". Depois que seus advogados apresentaram um pedido no Tribunal de Justiça da CEDEAO em Abuja (Nigéria), Nazareth Vieira pede julgamento o mais rápido possível. Para poder lutar. Para pôr fim às "mentiras" que, diz ela, cercam o assassinato de seu marido. Para poder perguntar ao tribunal todas essas "coisas" que ela conhece sobre o assassinato de seu marido. No exílio francês, com seus três filhos, ela diz que não se sente segura. Apesar da distância. Portanto, para preservar sua segurança, não divulgaremos o lugar onde essa entrevista foi realizada. Basta lembrar que conhecemos Nazareth Vieira na semana passada, em algum lugar da França. Nas circunstâncias do assassinato de Nino Viera para sua provável candidatura presidencial na Guiné-Bissau em 2009, através de sua situação pessoal, ela conta tudo. Sem língua de madeira. Manutenção.
Por que você decidiu hoje falar sobre o assassinato de seu marido, o ex-presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, depois de vários anos de silêncio?
Preciso saber a verdade sobre o assassinato do meu marido. Conheço muitas coisas. Gostaria que o julgamento acontecesse imediatamente. Existe um pedido apresentado em Abuja (Tribunal de Justiça da CEDEAO, Ed.), E houve uma discussão sobre o assunto entre Abuja e meu país, Guiné-Bissau.
"Meu marido estava assim obrigado a desviar-se do seu voo e retornar diretamente à Guiné-Bissau. Na sua chegada, não houve o primeiro-ministro nem nenhum ministro para recebê-lo "
Você pode voltar às circunstâncias do assassinato de seu marido?
Meu marido estava hospedado na França. Em seu retorno, ele planejou viajar pela Guiné-Conacri para comparecer à cerimônia do 40º dia após a morte do presidente Lansana Conte. Mas, entretanto, ele obteve informações sobre uma reunião realizada na Gâmbia sobre um projeto para seu assassinato. Não posso dizer todos os detalhes aqui.Estou ansiosa para poder dizer isso no tribunal, e é por isso que exijo um julgamento o mais rápido possível.
Meu marido foi obrigado a desviar seu vôo e retornar diretamente para a Guiné-Bissau. Na sua chegada, nem o primeiro-ministro nem nenhum ministro o receberam. Foi recebido por apenas alguns soldados. Isso é inaceitável para um presidente da República no cargo. Ele me chamou para me contar sobre o que estava acontecendo na Gâmbia, caso alguma coisa acontecesse com ele.
É por isso que hoje exijo hoje que a Gâmbia seja envolvida no caso do assassinato de meu marido.
Você quer dizer que a Gâmbia desempenhou um papel decisivo no assassinato de seu marido?
Exatamente! Não consigo revelar tudo. Eu tinha pessoas da CEDEAO que me prometeu que a justiça seria feita.Lembro-me que, se a Guiné-Bissau faz parte da CEDEAO, é graças ao meu marido que assinou o acordo. Uma vez, enviei perguntas à CEDEAO sobre o assassinato do meu marido. Eu não quero pressionar para falar, caso contrário, eu poderei começar dizendo o que aconteceu durante a guerra de 1998. Se a CEDEAO realmente acredita que a Guiné-Bissau é membro, Ela deve organizar o julgamento do meu marido. A CEDEAO sabe muito bem o que aconteceu.
Quando você diz que a Gâmbia está envolvida, você pensa necessariamente sobre Yaya Jammeh?
Ele era o presidente da época. Hoje não é mais assim. A Gâmbia deve abrir as portas para nós. Eu falei sobre esta reunião na Gâmbia. Eu conheço muito bem os guineenses de Bissau que participaram deste encontro em Banjul durante o qual o assassinato de meu marido foi planejado. Hoje, portanto, peço ao presidente Barrow que coloquem na manifestação da verdade sobre o assassinato do meu marido. Quero que seja mais fácil para nós ter acesso a todos os elementos para que a justiça seja justa.
Conosaba/Notabanca
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