O diretor-geral do Benfica de Bissau, Serifo Sow, disse, esta terça-feira, à agência Lusa que se demitiu de funções «com efeito imediato», por discordar do apoio que o clube tem dado à atuação da Federação de futebol guineense.
Serifo Sow não concordou com o facto de as águias se terem posicionado ao lado da Federação no congresso da instituição realizado durante o fim de semana e boicotado por mais de 20 clubes guineenses, por não concordarem com as contas apresentadas.
O dirigente demissionário considera «inaceitável» que o Benfica tenha apoiado e votado favoravelmente as contas da Federação, quando se sabe que o clube foi eleito recentemente para a vice-presidência da Liga Guineense de Clubes, que aconselhava o chumbo do documento.
Na sequência do congresso da Federação, com o qual 21 dos 38 clubes inscritos, não concordaram, estes anunciaram que ponderam não participar no próximo campeonato de futebol guineense da 1.ª Divisão, que deverá ter início ainda este mês.
Serifo Sow disse que «já vinham de trás algumas incongruências do Benfica» em relação ao comportamento da Federação que, afirmou, ser «de total desrespeito pelos estatutos e pelos seus associados».
«Já no campeonato passado, o Benfica furou uma greve dos clubes, que queriam boicotar o campeonato nacional para pressionar a Federação a corrigir as irregularidades e agora volta a estar no Congresso quando a maioria de clubes disse para o boicotar», defendeu Serifo Sow.
O Benfica de Bissau é liderado pelo empresário português Sérgio Marques, que atualmente se encontra em Portugal.
Uma fonte do clube encarnado, bicampeão nacional na Guiné-Bissau, confirmou à Lusa o pedido de demissão de Serifo Sow e adiantou ainda que Sérgio Marques deve regressar à Bissau brevemente.
Conosaba/abola
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