Líder religioso e activista critica também a oposição
O padre Jorge Casimiro Congo, uma das figuras incontornáveis da autodeterminação de Cabinda, não acredita em mudança significativa das políticas de Luanda em relação a Cabinda após as eleições.
O líder religioso espera, contudo, que o vencedor das eleições gerais de quarta-feira 23 de Agosto, trate os cabindas com dignidade e permita ao povo exprimir-se com O líder religioso espera, contudo, que o vencedor das eleições gerais de quarta-feira 23 de Agosto, trate os cabindas com dignidade e permita ao povo exprimir-se com liberdade.
O padre Congo afirma esperar que as eleições possam servir para o povo de Cabinda poder exprimir-se, pois “desde a independência que o nosso povo não tem história”, não tem possibilidade de “sermos actores da nossa própria construção”.
“Se estas eleições vêm para dar um outro ar à nossa existência, quero agradecer a Deus”, sublinha.
“Estamos fartos de sermos tratados como nos tratam”, afirma Congo, lembrando ainda que os cabinda não podem continuar a aceitar “o tipo de políticas seguidas até agora”.
“Estou disposto a dialogar com todos mas não estou disposto a ceder, não vou ceder, não vou ceder”, assegura Jorge Congo que também teceu críticas à oposição angolana por abandonar os cabindas depois das eleições.
“Eu pessoalmente não acredito em nenhum partido angolano, mas quero acreditar na boa vontade das pessoas", concluiu o conhecido padre Congo.
Conosaba/Voa
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