A crise na Guiné-Bissau foi criada pelo presidente da República, que perdeu controlo total da situação e pediu mediação internacional, resultando dai o Acordo de Conacri, diz o engenheiro Nuno Nabiam, líder da Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau.
Ele diz que “até aqui o presidente rejeitou por completo o acordo e tenta manter o governo.
Para ultrapassar a crise, sugere Nabiam, o presidente José Mário Vaz precisa de “demitir o governo de Sissoco e nomear um primeiro-ministro de consenso (…) e há guineenses capazes de assumir essa posição para preparar o país para as eleições”.
De momento, o país carece de liderança, sublinha Nabiam.“O presidente está completamente fora do eixo, quer ser presidente da república e primeiro-ministro”.
Quanto ao seu partido, Nabiam diz que continua a angariar membros e sonha com a presidência. Reconhece ter tido o apoio de Kumba Lalá, de quem herdou o eleitorado.
De passagem por Lisboa, Nabiam foi entrevistado por Raúl Braga Pires.
Conosaba com Voa
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