O governo da Guiné-Bissau e a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) chegaram a acordo para evitar uma nova greve geral na Função Pública que deveria ter lugar na próxima semana, anunciaram fontes oficiais.
O acordo foi rubricado no sábado, da parte do Governo, pelos ministros das Finanças, João Fadiá, e da Função Pública, Tumane Baldé, e pelo secretário-geral da UNTG, Estevão Có.
Os três confirmaram o entendimento, evitando a possibilidade de realização de uma nova greve geral na próxima semana.
A Função Pública guineense realizou entre 08 e 10 de agosto uma greve geral para reivindicar um reajuste salarial.
O secretário-geral da maior central sindical da Guiné-Bissau mostrou-se satisfeito "com os resultados das negociações de alto nível" que permitiram o entendimento.
"O Governo deu mão à palmatória e reconheceu que as nossas exigências são legítimas", afirmou Estevão Có, vincando que a harmonização da grelha salarial na Função Pública e o controlo do preço do arroz (base da dieta alimentar no país) são fundamentais.
O ministro das Finanças, João Fadiá, defendeu que o entendimento foi possível porque o Governo fez ver ao sindicato que já decidiu baixar algumas taxas do arroz, levando os comerciantes também a reduzirem os preços e ainda criou uma comissão para harmonizar os salários.
O ministro da Função Pública, Tumane Baldé disse que o Governo compreende a reivindicação dos trabalhadores, nomeadamente a existência de desequilíbrios na folha salarial, mas lembra que são situações herdadas do passado e que estão a ser corrigidas.
Conosaba/Lusa
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