Ocorreu-me a ideia de
reconstituir parte da história da Jornada de Homenagem ao Engenheiro Domingos
Simões Pereira, volvidos mais de uma semana sobre este evento inédito em Farim,
como uma réplica aos elogios e palavras de apreço que vêm chegando amavelmente
a Comissao Organizadora, a qual tive a honra e privilégio de presidir.
A esta onda de
solidariedade que, em alguns momentos me deixou lisonjeado, quero retribuir com
um grande “obrigado” mas, sobretudo, partilhar todo esse reconhecimento pelo
sucesso da Jornada, em primeiro lugar, com os meus colegas da Comissao. Dado
inestimável apoio prestado, sem o qual, seria impossível a obtenção de
bons resultados.
Na verdade, foi uma
experiência agradável a vivência com uma equipa fantástica, na qual a
irreverência da juventude, a maturidade e o toque da experiência (la sagesse, como dizem os francofonos)
compatibilizaram, degenerando numa organização quase perfeita. De resto, no
cair do pano sobre esta Jornada memorável, nós, que, de tanto dedicar ao
trabalho, despendendo as nossas energias e usando todas as nossas capacidades,
com contra-relogios a mistura, não tivemos a noção da variedade de coisas que
conseguimos proporcionar aos participantes, num contexto particular.
No seio da equipa,
valeu, acima de tudo, essa gênica e pré-disposição de homenagear um guineense
que constitui orgulho da Pátria de Cabral e que a maioria dos jovens revem na
sua figura uma referência para enfrentar os desafios e vencer os paradigmas que
a ciência, a modernização e o desenvolvimento projectam no horizonte da nossa
sociedade e a da humanidade em geral.
Esta deriva contagiou e
galvanizou outras sensibilidades, dentre as que olham o saber e o conhecimento
e, subsequentemente, o reconhecimento de mérito como uma das “varrinhas
mágicas” para relançar a Guiné-Bissau no caminho do progresso social e
económico. Até porque nesta trincheira de combate a eliminação do espectro de
inversão da pirâmide, que tristemente assistimos, somos interpelados a criar um
novo conceito: colocar no lidership dos diferentes sectores que
geram o progresso, o guineense ideólogo, pró-ativo, competente, responsável,
idóneo e que não teme a concorrência...
Foi assim que a bola de
neve cresceu…e tornou tudo facil e natural. A velocidade de cruzeiro, se
associavam a nossa Comissao homens grandes, jovens, pilotos ou maquinistas que
asseguraram a travessia, protocolos e seguranças, prestadores de serviço de
acomodação e restauração, patrocinadores, artistas, grupos de mandjuandade e de
folclore, mulheres, etc. E, neste caso, aplicamos a lógica invertida de que “os
últimos são os primeiros”, fazendo vénia ou curvando-se as nossas mulheres. As
Mulheres de Farim foram verdadeiras cavalheiras! E estão de parabéns por esta
proeza!!!
Elas deram um pouco de
tudo ao DSP e seus convidados: Afecto, simpatia, generosidade e solidariedade.
E ofereceram muito: Tecidos tipicos, em forma de tapete para fazer as honras de
Kumus Dindim Banko, Panos de Pente, para expressar a nossa
uniao na diversidade, Bambaram, como
símbolo de um bom aconchego e proteção, Dahala, dando mote e expressao a sina guerreira do
homenegeado (Matchu) e uma Cabeça de Gado, bem a imagem de hospitalidade do
farineense comum.
Obrigado a todos! Foi um
prazer se terem juntado a nossa Comissão e, pois claro, ao DSP, o que é mesmo
dizer «O filho pródigo» nesse dia memorável. E guardaremos, de forma episódica,
esse grande evento no nosso manual de boas recordações!
Viva Kumus ! Viva
mindjeris de Dindim Banko!
Muniro Conte, Presidente
da Comissao
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