Marcelo Rebelo de Sousa e Manuel Alegre. (Lusa)
Escritor, poeta e político português foi o distinguido com o Prémio Camões deste ano. Marcelo Rebelo de Sousa considera ser "uma homenagem justíssima"
O escritor português Manuel Alegre é o vencedor do Prémio Camões 2017, foi anunciado hoje na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, após reunião do júri no Rio de Janeiro, no Brasil.
Manuel Alegre já disse ter recebido a notícia de atribuição do Prémio Camões, com "serenidade e alegria", considerando que o reconhecimento maior é o que vem de quem o lê.
Em declarações à agência Lusa, o escritor disse que lhe dá "particular satisfação", a atribuição do prémio, até porque Luís de Camões é um dos poetas que aprecia e referiu ter reeditado recentemente o seu livro "Vinte Poemas para Camões".
"O meu reconhecimento maior é o que vem dos meus leitores através dos tempos, vencendo várias formas de censura. Naturalmente, uma distinção desta natureza tem o significado que tem", disse à Lusa Manuel Alegre, de 81 anos."
O escritor lembrou igualmente ter recebido o Prémio Pessoa, o que lhe deu "grande satisfação", por ter também "um grande significado cultural".
Reagindo à atribuição do Prémio Camões a Manuel Alegre, Marcelo Rebelo de Sousa considerou tratar-se de "uma homenagem justíssima a uma grande figura da literatura portuguesa".
"Nos termos do próprio prémio, (Manuel Alegre) contribuiu e contribui para o enriquecimento literário e cultural, não apenas português, mas do mundo da lusofonia", acentuou o Presidente da República.
Poeta e político
"O meu reconhecimento maior é o que vem dos meus leitores através dos tempos, vencendo várias formas de censura. Naturalmente, uma distinção desta natureza tem o significado que tem", disse à Lusa Manuel Alegre, de 81 anos."
"Nos termos do próprio prémio, (Manuel Alegre) contribuiu e contribui para o enriquecimento literário e cultural, não apenas português, mas do mundo da lusofonia", acentuou o Presidente da República.
Manuel Alegre tem 81 anos. Nasceu em Águeda, numa família de tradição política liberal.
Resistente anti-fascista, exilado na Argélia durante o antigo regime deposto a 25 de Abril de 1974, foi deputado da Assembleia Constituinte e já neste século, por duas vezes se candidatou ao cargo de Presidente da república Portuguesa, em 2006 e 2011.
Além da actividade política, destacou-se como poeta e escritor. Entre os seus inúmeros poemas musicados contam-se a "Trova do vento que passa", cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre muitos outros.
"Como poeta, começou a destacar-se nas coletâneas ‘Poemas Livres’ (1963-1965). Mas o grande reconhecimento nasce com os seus dois volumes de poemas, ‘Praça da Canção’ (1965) e ‘O Canto e as Armas’ (1967), apreendidos pelas autoridades antes do 25 de Abril, mas com grande circulação nos meios intelectuais”, lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Governo português.
Pelo conjunto da sua obra, Manuel Alegre já tinha sido distinguido com o Prémio Pessoa (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998).
O Prémio Camões foi instituído pelos governos do Brasil e de Portugal em 1988. É atribuído aos autores que tenham contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da Língua Portuguesa.
Esta é a 29.ª edição do Prémio Camões e o júri foi constituído por Paula Morão, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria João Reynaud, professora associada jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Lourenço do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo e pelo poeta cabo-verdiano José Luís Tavares.
Os prémios Camões
"Como poeta, começou a destacar-se nas coletâneas ‘Poemas Livres’ (1963-1965). Mas o grande reconhecimento nasce com os seus dois volumes de poemas, ‘Praça da Canção’ (1965) e ‘O Canto e as Armas’ (1967), apreendidos pelas autoridades antes do 25 de Abril, mas com grande circulação nos meios intelectuais”, lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Governo português.
Os prémios Camões
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