O veterano da luta armada da Guiné-Bissau ‘Manecas’ dos Santos saiu hoje (20 de Junho) em liberdade depois de ouvido pelo Ministério Público, com termo de identidade e residência, informou o seu advogado, Carlos Pinto Pereira.
"Neste momento, vai para casa e vamos aguardar", disse aos jornalistas Carlos Pinto Pereira.
O comandante Manuel ‘Manecas’ dos Santos foi detido segunda-feira de manhã pela Polícia Judiciária.
O advogado explicou que ‘Manecas’ dos Santos foi "ouvido no âmbito de um novo processo por suspeita de simulação de crime com base na entrevista que deu ao Jornal de Notícias".
"Está com termo de identidade e residência" e manteve, segundo o advogado, as declarações já afirmadas ao Ministério Público.
Entretanto, o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse hoje que a libertação de ‘Manecas’ dos Santos confirma que não há nenhuma substância para a sua detenção.
Para o líder dos libertadores, a libertação de ‘Manecas' dos Santos confirma que "não há nenhuma substância por detrás da sua detenção, mas apenas uma intenção deliberada de humilhar e portanto usasse a força do Estado para humilhar e para pôr em causa os estatutos", afirmou aos jornalistas Domingos Simões Pereira.
Segundo o antigo primeiro-ministro guineense, o Ministério Público "não apresentou nada de novo em relação à última audição".
"Há uma determinação no sentido de humilhar, essa ordem foi dada, foi expressa, e para mostrar serviço era preciso isso", disse.
O veterano da luta armada pela independência da Guiné-Bissau tinha sido ouvido, há cerca de um mês, pelo Ministério Público, na capital guineense, para esclarecer as suas declarações sobre a iminência de um golpe de Estado no país.
Em entrevista ao jornal português Diário de Noticias, no passado mês de Abril, ‘Manecas’ dos Santos defendeu ser possível vir a acontecer um novo golpe militar na Guiné-Bissau devido à situação de impasse político que se vive no país há cerca de dois anos.
Conosaba/radiosolmansi
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