Bissau 21 Jun 17 (ANG) – O Director-Geral da Cultura afirmou hoje que a falta da autonomia financeira condiciona e muito, as actividades do Ballet Nacional “Esta é a Nossa Pátria Amada”, outrora considerado grupo teatral de referência no país.
João Cornélio Gomes Correia, em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné disse que o grupo tem em carteira, digressões para interior do país mas não dispõe de meios financeiros para o efeito, apesar de continuarem a fazer os seus ensaios regulares e a participar em certas actividades quando forem convidado.
O Director Geral da Cultura disse que os projectos estão em manga e vão continuar a trabalhar com a esperança de que os melhores dias virão, a semelhança do que acontecera no passado.
Questionado sobre o porquê de não actuação do Ballet Nacional nos eventos estatais a semelhança do que acontece com o grupo “Netos de Bandim “, Cornélio Gomes disse que o Ballet é insubstituível porque é do índole nacional e da Nação guineense, por isso, não pode ser comparado com qualquer outro grupo cultural do país.
“Digo isto porque o Ballet Nacional é o maior grupo cultural da Guiné-Bissau e foi graças aos seus elementos que surgiu o grupo Netos de Bandim. Sem menosprezar este grupo, mas confesso que o Netos de Bandim chegou onde está porque é embrião do Ballet Nacional “, susutentou.
Gomes Correia disse ainda que se os elementos do Ballet Nacional mantivessem com o estatuto que tinham no passado ou seja todos eles a receber como funcionários do Estado o Grupo Netos de Bandim podia servir como seu viveiro, explicando que os jovens provenientes desse grupo podiam ingressar no Ballet e servir o Estado como acontecia com os Netos de Kansala e Ballet das FARP.
Falando da ausência da Ballet Nacional nos eventos públicos organizados pelo Estado, João Cornélio disse que tem a ver com a preferência das instituições.
“Por exemplo, em todos os eventos organizados pelo actual Presidente da República, o Ballet Nacional é convidado a actuar bem como noutras grandes cerimónias do Estado”, informou.
Cornélio Gomes afirmou que se o Ballet Nacional foi chamado hoje para actuar vai actuar sem problemas, porque dispõe de potencial humano e materiais apesar dos impedimentos de ordem financeira.
“O Ballet no passado foi dado a oportunidade para divulgar a cultura guineense em todo o mundo inclusive esteve na Argélia, Alemanha, França, Rússia, Líbia, Portugal, Angola, África do Sul, entre outros, onde o grupo demonstrou ser o mais completo em termos de demostração da cultura guineenses porque representa todas as etnias do país nas suas coreografias e danças ”,disse.
Cornélio Correia aconselha aos elementos do Ballet Nacional a prosseguirem a sua caminhada porque os melhores dias voltarão e que o engajamento do chefe de Estado mostra a sua clara intenção de fazer do grupo aquilo que era por exemplo no tempo do Ex. Presidente Luís Cabral.
O “Ballet Nacional” é um grupo fundado no dia 28 de Novembro de 1975 pela camarada Jackelina Ramos Camará, nascida na República vizinha de Guiné-Conacri. Jackelina Ramos Camará é esposa de Pedro Ramos chefe militar no reinado do Presidente Luís Cabral.
Conosaba/ANG/MSC/ÂC/SG
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