O comentador político da Radio Sol Mansi afirmou esta terça-feira que o presidente da República deve promover um encontro entre os dois maiores partidos dentro do parlamento como saída da crise.
Rui Jorge Semedo que falava dos resultados da cimeira da CEDEAO disse igualmente que o país pode continuar a espera da desordem porque a organização sub-regional não foi capaz de dar uma contribuição positiva e confiável que possa ajudar na resolução da crise.
«É verdade que a CEDEAO deu um prazo aos políticos até 25 de Maio para resolveram o problema de acordo. Mas parece que a CEDEAO já colocou de lado o acordo de Conacri. Muito embora também sabemos que mesmo que a CEDEAO avance com sanções aos políticos, a acção não seria imediata para logo vermos quais serão os resultados em termos de cumprimento do acordo Conacri. Sendo que a organização é quem estava a pressionar, depois da conferência não vimos nenhum elemento que nos permite dizer que continuará ter o acordo como forma de resolver os problemas».
A abertura ao diálogo do presidente da República só poderá ter resultados positivos, se promover assinatura de pacto entre os partidos maioritários no parlamento sem se posicionar em defender uma ou outra parte.
O politólogo considera ainda que posição da CEDEAO mostra uma falta de vontade desta organização em resolver a crise guineense.
«Não vi nada de comprometimento, é um simples discurso do presidente onde está a dizer que está aberto ao diálogo. Não são os discursos que nos pode fazer acreditar na vontade do presidente em resolver esta crise. O que pode nos fazer acreditar é o presidente da República mostrar planos concretos mas também transparente para que possamos sair dessa situação, por exemplo Presidente mostrou que não quer dissolver o parlamento, mas sabemos que agora o problema está entre os partidos que estão no parlamento».
O comentador avança que o presidente da República sabe que nos parlamentos moderno não se pode promover aliança entre partido e deputados individualmente, “ então se realmente quer resolver o problema tem que mostrar propostas claras onde os partidos que estão no parlamento vão assinar um pacto para viabilizar a legislatura. Não o faz porque não faz parte da sua estratégia política. Neste momento não vejo nenhuma garantia do presidente e nem a vontade de quem quer o fim da crise”, salienta.
Por: Yasmine Fernandes/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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