O porta-voz do colectivo dos Partidos Políticos Democráticos, reunidos no espaço de concertação, diz estar solidário com os membros do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados por estar a “defender a sociedade civil mantendo esperanças dos guineenses que ainda é possível uma estabilidade nacional
Domingos Simões Pereira, igualmente presidente do PAIGC, falava, esta sexta-feira (05/05), depois de uma visita de solidariedade de algumas horas aos membros dos cidadãos inconformados com a actual situação política na sequência do espancamento no dia 13 de Abril, de Lesmes Monteiro, porta-voz do movimento.
“Viemos apresentar a nossa solidariedade e admiração por factor da forma independente e espontânea estarem a representar a nossa sociedade civil mantendo viva a chama da nossa esperança em como esta sociedade é possível e pode conquistar a sua liberdade”, diz.
Para Domingos Simões Pereira o espancamento de Lesmes Monteiro demostra a gravidade actuais da sociedade guineense e “o resgate da nossa liberdade passa não só por conscientizar muitas mentes mostrando ao poder que o poder só é real quando traduz o sentimento e a vontade do povo”.
“Estes elementos da sociedade civil estão a expressar aquilo que milhares dos cidadãos guineenses pensam e chegam até a dizer”, sustenta.
Simões Pereira afirma ainda que o encontro com os inconformados transmitiu esperanças não só no componente político mas também numa sociedade civil emergente, vibrante, independente, completamente espontânea e que tem nos valores universais a sua vocação e a sua inspiração em primeiro.
Entretanto, o presidente do movimento dos inconformados com a crise política diz que, depois do encontro, o colectivo está mais reforçado em termos de convicção e da independência e de esperança renovada no fim da actual crise.
“Para nós foi um acto particularmente importante na perspectiva de demostrar o nível do passo que o povo já deu na afirmação da sua cidadania. (…) De facto aproveitamos a ocasião para sensibilizar os líderes destes espaços de que, na verdade, têm que continuar a comprometer-se com o povo guineense em geral”, explica.
A ocasião serviu também para os inconformados reafirmaram a determinação em continuar as marchas com vista ao fim da crise política e contra a vinda ao país, por iniciativa própria, do Presidente Senegalês, Macky Sall.
O encontro com os inconformados acontece numa altura em que os membros do movimentos, escondidos depois do espancamento de Lesmes Monteiro, terem voltado para as suas casas.
O colectivo é constituído por sete partidos políticos, quatro dos quais com representação parlamentar, nomeadamente: o PAIGC, o PCD, a UM, o PND e o PST, o PUN e o MP são extraparlamentares.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados tem promovido marchas contra a actual situação política pedindo a demissão do presidente José Mário Vaz.
Texto / Imagem: Elisangila Raisa Silva dos Santos/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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